sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

A recente rede social Clubhouse que já se tornou uma das mais populares do momento

A nova rede social Clubhouse, criada em abril de 2020, vem diferenciar-se das restantes ao ser utilizada exclusivamente por áudio. Não existem fotografias, nem vídeos, nem a possibilidade de enviar mensagens privadas, no fundo, resume-se a salas virtuais, que podem ser públicas ou privadas, estando nestas últimas o acesso sujeito a convite. A conversa acontece em direto, não ficando uma gravação da mesma para a posterioridade, e é moderada pelos elementos que a criam.

O interessante é ser uma espécie de podcast em direto, sendo que tanto podemos estar numa sala a partilhar ideias com o nosso grupo de amigos, como com pessoas desconhecidas, ou até mesmo com alguém conhecido/famoso (como a apresentadora Oprah Winfrey, ou o humorista Chris Rock), com a ressalva de que para participarmos nas conversas é necessário a autorização de um dos moderadores.



Um mês depois do seu lançamento, a plataforma valia 100 milhões de dólares, sendo que atualmente já ultrapassa os mil milhões de dólares. Para este sucesso, muito contribuíram nomes conhecidos, destacando-se Elon Musk, que fez aumentar exponencialmente a popularidade da aplicação na semana passada, numa conversa pública que contou com temas como a colonização de Marte e até vacinas contra a Covid-19, e com o anúncio da participação do músico Kayne West na sua próxima conversa nesta plataforma. Há quem diga até que esta foi uma brilhante jogada de marketing para colocar a aplicação na ribalta mundial.

Ainda assim, nem tudo são pontos positivos e a recente aplicação já conta com diversas críticas. Os principais motivos incidem no facto de o Clubhouse só estar disponível na App Store (apesar de em janeiro deste ano já terem anunciado que preveem lançar uma versão para Android) e no facto de o acesso à aplicação ser apenas por convite, sendo que cada novo membro pode convidar mais duas pessoas e assim sucessivamente. Já existem, inclusivamente, usuários a vender convites ou a fazer giveaways dos mesmos.

Por um lado, estes dois restringimentos fizeram com que a rede social já seja considerada por muitos como elitista e promotora da desigualdade e da exclusão. E mais, problemas relativos à proteção de dados e violação de privacidade têm vindo também a ser descortinados, forçando uma solução por parte da empresa.

Por outro lado, muitos criadores de conteúdo, ou os chamados influencers, estão cada vez mais a promover e a escolherem trabalhar com esta aplicação, afirmando até que lhes será bem mais benéfica comparativamente ao Instagram, que dizem acabar por negligenciar os influencers "mais pequenos", ou com menos alcance.

Convido-vos a comentarem sobre esta nova rede social e sobre o seu formato tão distinto das restantes.

Estariam dispostos a serem utilizadores assíduos, ou só quererão experimentar numa fase em que a aplicação já não seja tão elitista?
E concordam que a mesma venha a ser uma melhor ferramenta de trabalho para os criadores de conteúdo, nomeadamente os que têm menos alcance?

 Fonte 1Fonte 2

5 comentários:

  1. Felizmente ou Infelizmente não farei parte das pessoas que poderão aderir ao Clubhouse nos próximos tempos dado que tenho Android. Ao que parece, ainda não há data de lançamento da app para Android, por isso mais vale não criar expectativas.

    Face a esta nova app há algumas ideias que gostaria de levantar para discussão...

    Será que podemos dizer que é uma app "elitista" porque apenas está disponível na App Store, quando sabemos que, atualmente, há smartphones android muito mais caros (e elitistas) que iPhones? Há sempre a possibilidade de ter um iPhone mais fraco e ter acesso à app, ou é por acharmos que a Apple é elitista e tudo o que apenas a ela está associado é elitista?

    Será que as vendas da Apple vão aumentar pois o público quer ter acesso à aplicação?

    O Clubhouse está, de facto, a ter um grande hype, mas será que o grande boom apenas virá com o alargamento ao Android?

    Por fim, esta app será passageira ou virá para ficar?

    Deixem as vossas opiniões!

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    1. Olá Simão! Eu encontro-me na mesma situação que tu, visto que também possuo um Andoid e não um iPhone, portanto também não irei experimentar a app tão cedo.
      Quanto às tuas questões, quando eu mencionei a app como elitista, estava a referir-me que algumas pessoas a consideram como tal. Aliás, uma das fontes que coloquei é um texto de opinião, onde o próprio autor explica o porquê de a considerar elitista. Daquilo que eu entendi, o desígnio de elitista não advém somente da app apenas estar disponível para dispositivos Apple, mas também pelo facto de que mesmo quem tiver acesso a esses dispositivos ainda encontrar o restringimento de necessitar de um convite para poder aceder à aplicação. E mesmo que este último tenha sido uma jogada de marketing para tornar a app mais apelativa e mais "falada", o facto de o número de utilizadores já ser tão alto e ainda assim continuar a haver não um, mas dois grandes impedimentos no acesso a esta nova rede social, faz com que, na minha opinião, esta esteja bastante afastada do conceito "rede social", sendo que só uma pequena parte da população mundial tem acesso à aplicação. Não digo que com o tempo esta situação não mude, até porque se efetivamente eles lançarem uma versão Android, um dos restringimentos vai deixar de existir, mas neste momento penso que o Clubhouse não proporciona de todo um acesso igualitário para aqueles que gostariam de se tornar utilizadores.
      Quanto a se com o alargamento do Android surgirá o verdadeiro grande boom, sobre isso não me posso pronunciar com certezas, mas que o número de utilizadores vai aumentar bastante, disso não tenho dúvidas, nem que seja devido aos utilizadores movidos pela curiosidade. Agora, se a app será boa e diferente o suficiente para que esses utilizadores e os utilizadores que já lá estão agora, passem a ser utilizadores assíduos e de longo prazo, essa é que é a verdadeira grande questão.

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  2. Ótimo resumo da plataforma, Ângela.
    Também possuo Android, entretanto não me sinto motivada a aderir a plataforma.

    Já tem um tempo que vejo diversas novidades de apps, mas vejo que pode ser mais prejudicial do que realmente vantajoso pelo excesso de conteúdo e plataformas. Tomei essa decisão quando surgiu o Tiktok, nunca baixei e nem pretendo, pois o Instagram me fez perceber a quantidade de tempo que perdia com apps e havia parado de ler e até mesmo ver filmes por um dia não era suficiente para tantos estímulos.

    Não crítico a plataforma em si, mas por hora prefiro continuar com os podcasts no Spotify e vídeos no Youtube. :)

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    1. Olá Alice! Muito obrigada.

      Percebo perfeitamente o que queres dizer, eu própria também baixei o Tiktok e passado uma semana acabei por desinstalar, porque me apercebi da quantidade absurda de tempo que lá tinha passado a ver conteúdo com muito pouca relevância.

      Ainda assim, quanto a esta plataforma tenho uma visão diferente e gostaria de experimentar, quando me for possível. Isto porque me parece que a app seja útil para reter conhecimento, sendo que, dependendo de quem a utilize, podemos talvez num só dia assistir (e quem sabe participar) a uma conversa sobre gestão de tempo e outra sobre marketing digital, por exemplo. Para mim, isto seria o que me tornaria numa utilizadora assídua desta aplicação.
      Talvez se o Clubhouse se esforçar por marcar uma posição neste sentido, como uma rede social que fomenta a partilha de conhecimento relevante e a discussão de tópicos interessantes, consiga realmente marcar pela diferença de uma forma bastante positiva em relação às restantes redes sociais e quem sabe, consiga que tu repenses a tua decisão e te tornes uma utilizadora :)

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    2. Olá Ângela! E ainda se lembra da HouseParty? ;) https://www.blogger.com/blog/post/edit/8702741391701476965/3409000297633103199

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