O crescimento das vendas online de itens usados vem sendo apontado como uma grande tendência para os próximos anos. Já não é de hoje que plataformas como OLX e o próprio Marketplace do Facebook chamam a atenção e movimentam grandes quantias do mercado digital. Agora, a indústria da moda começa a ganhar destaque e posicionamento no que também pode ser chamado de re-commerce.
Dados apresentados pela ThredUP mostram que em 2018 o mercado de moda em 2a mão movimentou US$ 24 bilhões nos Estados Unidos, enquanto o mercado de fast fashion movimentou US$ 35 bilhões no mesmo ano. O estudo prevê que até 2028 o comércio de roupas usadas deve ultrapassar a indústria de fast fashion nos Estados Unidos.
Essa nova tendência tem aberto espaço para novos empreendimentos online, inclusive o mercado de de moda de luxo. A startup Vestiaire Collective, responsável pelo marketplace de roupas usadas e direcionada para o mercado de luxo, arrecadou em 2020 €59 milhões em investimentos, evidenciando a relevância dessa nova tendência.
Importante destacar que essa nova tendência esta diretamente relacionada com a Geração Z, também conhecido como centennials, estes agora começam a ter poder de compra e decisão e os seus hábitos de consumo devem impactar o mercado para as próximas décadas. Breves características desta geração, como a preocupação com o meio ambiente, procedência e responsabilidades das empresas e o tipo de produtos que consomem (ex. consumo de biológicos) devem modificar o mercado nos próximos anos, abrindo espaço para novas propostas de negócios.
Aqui é possível visualizar a pesquisa de 2020 completa sobre o mercado de usados realizado pela ThredUP: 2020 Resale Report
Confira também esse vídeo sobre o tema:
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Bom tema, Alice! Sem dúvida o mercado de venda em 2ª mão tem ganho uma grande visibilidade. Ao promover reutilização dos produtos e redução do consumo, tem um impacto considerável em termos ambientais. Por outro lado é possível conseguir uma renovação do guarda-roupa muito mais acessível em termos financeiros, tendo até acesso a peças vintage. Acrescentaria ainda a venda de outros artigos em segunda-mão como tem sido o caso de mobiliário ou até mesmo eletrodomésticos, o que acaba beneficiando o vendedor, que tem possibilidade de renovar a sua habitação, ganhando algum dinheiro com a venda de itens que já não satisfazem a sua necessidade. Por outro lado, o comprador pode ter acesso a produtos em boas condições a custos mais reduzidos. Sem dúvida, um mercado em crescimento onde boas oportunidades podem surgir!
ResponderEliminarExcelente post Alice! Concordo a 100% tanto contigo, como com a Francisca, que o mercado de venda em 2º mão veio para ficar e ganhar cada vez mais relevância, sendo que são inúmeros os benefícios associados a esta tendência, sejam ambientais, sociais ou económicos!
ResponderEliminarA verdade é que, tal como a Francisca mencionou, o mercado de venda em 2º mão não se fica só pela roupa, mas estende-se a tudo um pouco, passando por eletrodomésticos, livros, mobiliário, acessórios, entre outros. De facto, nos EUA já se verifica uma grande adesão a este tipo de comércio, mas não só. Nos meses em que fiz Erasmus na Finlândia, visitei imensas lojas físicas em 2º mão, nas quais adquiri praticamente tudo o que precisava para passar 4 meses num país que me era desconhecido, a um preço bastante mais acessível. E mais, no final, consegui voltar a vender os produtos que adquiri (e que permaneceram em bom estado) a essas mesmas lojas em 2º mão, onde consegui reaver parte do que tinha gasto nos mesmos. Não é incrível?
No tempo que lá estive só pensava como seria ótimo termos essa mesma oportunidade em Portugal. É que apesar de já estarmos a entrar nesse mercado, principalmente em modo digital e no setor do vestuário, com imensas contas de Instagram transformadas em lojas de 2º mão online, por exemplo, ainda não existe uma presença relevante de lojas físicas online (eu pessoalmente não conheço nenhuma), e ainda há muito trabalho pela frente na mentalidade portuguesa em relação a este tema, a meu ver.
Dito isto, penso que no futuro contaremos com grandes novidades a este respeito e com uma adesão crescente a este tipo de mercado, principalmente por parte de países que ainda só estão no início dessa jornada, como é o caso de Portugal.
Olá Alice,
EliminarGostei bastante da tua partilha!
Cada vez mais, a reutilização de produtos, neste caso, de roupa tem um impacto enorme no ambiente e em questões de sustentabilidade.
Ângela, respondendo aqui à tua curiosidade, existem algumas marcas que têm surgido em Portugal com o objetivo de promover a economia circular. Uma iniciativa que sigo de perto é a empresa MyCloma, que começou por vender exclusivamente através do canal online mas que, recentemente, já possuem também um espaço físico no MarShopping. Para além de se encarregarem de todos os encargos e logística para a venda da roupa (desde triagem, atribuição de preços, fotografia e colocação online), ainda recebemos uma percentagem pelo valor da peça vendida. Podemos, enquanto consumidores, ter acesso nas lojas (física e online) a produtos de excelente qualidade a preços bem mais reduzidos.
Deixo aqui o site caso queiram consultar: https://www.mycloma.com/
Na minha opinião, acho que a venda em segunda mão (seja de roupa, livros, etc) veio para ficar e será uma tendência emergente nos próximos anos!