quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O impacto da pandemia Covid-19 no e-commerce

O impacto da pandemia Covid-19 no e-commerce, inicialmente, não foi dos melhores. Devido a dificuldades como fraca capacidade de resposta (aumento das compras via online) e encerramento de grandes, pequenos e médios Centros Comerciais e outros estabelecimentos. Ainda assim, o e-commerce apesar dos fechos ou redução de horários de grandes cadeias de distribuição e de compra e venda manteve fiável o seu negócio. A prova disso é que no ano de 2020, o Índice de Comércio Eletrónico aumentou em Portugal fazendo ocupar o 40º lugar no ranking de comércio eletrónico da UNCTAD, diferença de 2 lugares relativamente ao ano de 2019.

O fenómeno da Covid-19 não só aumentou o número de vendas efetuadas por e-commerce, por motivos das medidas de encerramento mais rigorosas, como também acelerou a inclusão da geração Baby Boomer (55 a 73 anos) no comércio online B2C (Business-to-Consumer). De acordo com uma pesquisa efetuada por Pace Pulse Brasil, 50% dos cidadãos compra mais vezes pelo online do que nas lojas físicas, 48% preferem o delivery e 44% optam pela entrega das compras de supermercado em casa.

A questão agora é: após as medidas mais rigorosas da Covid-19 e com o alívio das mesmas será que os cidadãos continuarão por preferir o negócio eletrónico, ou a tendência será voltar a comprar pelos meios tradicionais. Outra questão que se pode também colocar aqui é qual o impacto que a pandemia irá causar aos rendimentos das famílias? Será que isso terá influência/ impacto no tipo de comércio no futuro (dado que, as compras online requerem o pagamento de portes)?

Segundo um inquérito da Ecommerce Europe muitos setores registaram uma diminuição nas vendas, principalmente, no setor da moda e viagens/eventos. Por isso, deixo uma última questão final: será que continua a ser viável as empresas continuarem a apostar no e-commerce?

#e-commerce #novosdesafios #covid-19 #futurodigital


Fontes:

https://www.youtube.com/watch?v=fdZ4RkGHZrM

https://www.dnoticias.pt/2021/2/17/251027-portugal-subiu-dois-lugares-no-indice-de-comercio-electronico/

https://ecommercenews.pt/o-o-impacto-do-covid-19-no-comercio-eletronico-comeca-a-mostrar-os-primeiros-sinais-de-melhoria/

https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/entrada-idosos-e-commerce-coronavirus/

5 comentários:

  1. Uma das grandes vantagens do e-commerce é justamente o fato de não ser necessário ter o custo do espaço físico e por isso ter preços mais competitivos, mesmo se levar em consideração as taxas de entrega e/ou importação em alguns casos. Na minha opinião o que a atual questão sanitária fez, foi exigir que as empresas acelerassem em muitos anos os seus processos de e-commerce ou que se adaptassem a te-lo para não terem as portas fechadas. No fim, quem irá se beneficiar são os que sempre estiveram a trabalhar com o modelo, pois muitos mitos e barreiras foram derrubados com as necessidades criadas por conta da pandemia. O ajuste a números mais próximos ao que se tinha pré-pandemia será um processo natural, mas os ganhos de confiança dos consumidores serão permanentes. O que abre uma segunda questão, as empresas de marketing digital e e-commerce, estão preparadas para lhe dar com as "novas" gerações que aderiram ao e-commerce (aumento da X e Baby Boomers)?

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  2. A meu ver, a geração Baby Boomers é adaptada ao mundo 4.0 contudo, é de salientar que são muito menos dependentes do smartphone e também familiarizados com as novas tecnologias no geral. Em contrapartida, a geração Millennials (ou Y) é a geração dos nativos digitais em que a tecnologia faz parte do seu dia a dia. Com isso quero dizer que, as empresas/ marcas terão que definir o seu público alvo de modo a "ajustar" as plataformas digitais para os seus utilizadores, necessidade essa que esta diferença de gerações acentua. Tal como referes e bem Alano. Todavia, a adesão da geração Baby Boomers às novas tecnologias e redes sociais poderá ser de tal forma significativa que este esforço, futuramente, não seja uma preocupação para as marcas.

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  3. Concordo com tudo o que aqui foi dito.
    Acredito que, tal como o Alano referiu, o que acabou por acontecer com a pandemia foi uma antecipação daquilo que iria acontecer no futuro: o online e o e-commerce a marcar uma forte presença no dia a dia da sociedade. Isto obrigou as pessoas a adaptarem-se a uma nova realidade, a novas formas de consumo e a novas formas de as empresas venderem os seus produtos. Contudo, como sabemos e como a Margarida referiu, nem todos estão familiarizados com as redes sociais ou com as novas TIC e, portanto, teve e tem de haver um maior esforço por parte dessas pessoas, quer seja para publicar os seus produtos para venda (em vídeos do Facebook como é muito comum), quer seja para aceder a websites ou redes sociais para efetuar compras. Quem se depara com esta problemática pertence, maioritamente, à geração Baby Boomer e aqueles que já utilizavam o comércio eletrónico pré-pandemia são aqueles que mais beneficiaram com tudo isto.

    Depois de consultar várias notícias acerca desta temática, constatei que as empresas começaram a reinventar soluções e a adaptar os seus websites, tendo em consideração que, nos dias que correm, têm um público muito maior e mais diversificado, composto por pessoas de todas as gerações. Algumas medidas tomadas foram, por exemplo, uma maior diversificação de opções de pagamento ou disponibilizar aos consumidores um website intuitivo onde é possível comprar sem necessidade de registo e efetuar o check-out de forma fácil (one page check-out), de forma a que o seu site e os seus produtos possam ser acessados por qualquer pessoa, seja qual for a sua geração.

    Já no que diz respeito à geração Baby Boomer, na minha opinião, ainda que sejam pessoas não tão familiarizadas com este tipo de processos, penso que, para aquelas que fizeram um esforço para se adaptarem a este novo "mundo" e experienciaram estes novos modelos de negócio, como o e-commerce, isto poderá continuar a ser uma opção (ainda que possa ser com menos frequência), após o alívio das medidas rigorosas da Covid-19. Isto porque existe a comodidade e o pensar que não é necessário sair de casa, a facilidade do acesso a websites, a oferta crescente do e-commerce, alguma curiosidade por parte desta geração, a rapidez da entrega, a grande variedade e as promoções e códigos de desconto.

    Posto isto, a meu ver, a tendência do e-commerce aumentar é uma realidade.

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  4. Parabéns pelo conteúdo @Margarida, o texto ficou ótimo, obrigado pela partilha do conteúdo.

    Vou focar na última pergunta: Será que continua a ser viável as empresas continuarem a apostar no e-commerce?

    Eu acredito que temos que nos perguntar se será possível uma empresa continuar a existir sem o e-commerce. Para já as empresas que não aplicam essa estratégia no período atual do Covid perdem quase que 100% vantagem competitiva perante aos seus concorrentes que possuem algum tipo de e-commerce.

    Outro pronto que precisamos pensar é, atualmente, as gerações mais novas já estão quase que 100% adaptadas ao comercio eletrônico o que não podemos afirmar o mesmo para gerações com mais idade, mais que aos poucos estão a fazer a transição devido a necessidades do mundo atual. Com o passar dos anos a nossa geração será a população com maior poder de compra , ou seja, as empresas que não se adotarem a essa estratégia no meu ponto de vista tem seus dias contados. Espero ter contribuído ao seu conteúdo, mais uma vez parabéns pelo texto.

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  5. Será que continua a ser viável as empresas continuarem a apostar no e-commerce? concordo com o texto, e em particular com esta última pergunta, eu penso que sim. A pandemia veio acelarar um processo qu existia mas ainda não tinha a confiança de todas as gerações, pós pandemia, sem sombra de dúvida que o ecommerce vai se manter, com o Alano referia porque em termos de custos fixos, o custo de stock e armazenagem vão ser inferiores, no entanto, em termos de entregas ao domicilio, acarreta custos, o que significa que se na cadeia de fornecimento não se notar uma redução, o consumidor final compra algo que é entregue em casa mas mais caro, e receio que com a diminuição do emprego, devido à pandemia, as compras vão diminuir (essencial) e que este fator vai desacelarar o crescimento!muito interessante este post.

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