Eu sei que o título é estranho mas o que liga estas duas figuras é o facto do seu reconhecimento só ter aparecido no final de morrerem. Provavelmente muito de vós não conhece o José Pinhal mas trata-se de um cantor de música de baile que nos últimos anos se tornou num fenómeno de culto, muito graças às redes sociais, tendo até uma banda tributo, que morreu num desastre de automóvel em 1993.
Tudo começou quando Paulo Cunha Martins encontrou duas cassetes com canções do artista num apartamento na Travessa da Fontinha, no Porto, casa do seu agente. Este começou a partilhar as músicas entre amigos e acabou por chegar ao Youtube. A sua música mais conhecida "Tu és a que eu quero (Tu não prendas o cabelo)" conta com cerca de 300 mil visualizações no Youtube e mais de 1 milhão de streams no Spotify.
A sua discografia já foi toda reeditada. O clube de vinil Lusofonia Record Club, em 2022, editou 300 cópias do Vol.1 do José Pinhal, que esgotaram em duas semanas. Para além disso, também já há uma curta documental sobre a vida e obra do artista. Atualmente, encontram-se mais exemplares disponíveis e até uma T-Shirt em sua homenagem. A sua banda tributo - José Pinhal Post-Morten Experience anda a levar as músicas deste Matosinhense pelo país, tendo cerca de 20 datas só nos meses de verão. E até já teve direito a um artigo no jornal The Guardian!
Está aqui uma prova de como a internet foi fundamental para, além de dar a conhecer a milhares de pessoas este artista graças à desmaterialização dos produtos, nomeadamente da música e tornar um produto de nicho em algo rentável.
No dia 23 de junho, na Praça da Casa da Música, a banda tributo irá lá atuar, para os interessados. E vocês, conheciam este cantor de nicho?
No dia 23 de junho, na Praça da Casa da Música, a banda tributo irá lá atuar, para os interessados. E vocês, conheciam este cantor de nicho?
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