segunda-feira, 7 de abril de 2025

Thank You, Next

Há alguns anos, o sucesso no YouTube era medido em minutos assistidos. Vídeos longos, com storytelling detalhado, tinham prioridade no algoritmo. Hoje, vivemos num mundo de reels, shorts e TikToks – vídeos com menos de um minuto que conseguem mais alcance do que produções com horas de edição.

Mas o que mudou? Não foi só a estratégia das plataformas, foi o próprio comportamento humano.

Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube Shorts apostam no conteúdo rápido, mais fácil de consumir (e quando não são obrigam-nos a visualizar mais do que apenas uma vez), para conseguir retenção e viralização. Assistimos a mais vídeos num curto espaço de tempo, o que mantém o tempo total na plataforma elevado — o verdadeiro KPI das redes sociais. 

Antes, a lógica era: quanto mais tempo a pessoa passa no teu conteúdo, melhor.

Agora, é: quanto mais vezes a pessoa interage e volta a consumir, melhor.

Essa mudança tem raízes no nosso comportamento e até na forma como o cérebro processa informação. Cada vídeo curto e scroll satisfaz uma necessidade de consumo rápido associado à sensação de prazer e recompensa (quase) imediata. A dopamina aumenta e o efeito é querer mais e mais. O FOMO (Fear of Missing Out) convida ao scroll infinito, na incerteza se algo mais interessante não poderá estar escondido no próximo vídeo. Esta tipologia de vídeos curtos adapta-se bem à nova realidade de tempo de atenção cada vez mais curto. O risco de desistência é baixo, já que se um vídeo não agradar, é só passar para o próximo

O Marketing de Conteúdo das grandes plataformas parece já bem adaptado à mudança de paradigma. Ignorar este formato pode originar uma perda alcance orgânico. Apesar de curto, o vídeo não será tarefa fácil. É preciso condensar a criatividade e comunicar uma ideia forte em poucos segundos. O desafio é criar um storytelling instantâneo, que envolva, surpreenda ou informe rapidamente. Caso contrário,




Fontes: 

https://www.ijfmr.com/papers/2025/1/35512.pdf 

https://ijrpr.com/uploads/V6ISSUE3/IJRPR40383.pdf

1 comentário:

  1. Olá, Mara! Achei super interessante abordar esse tema da transição de vídeos longos e detalhados para mais curtos e instantâneos, como os reals ou tiktok. Isso representa uma adaptação estratégica à diminuição do tempo de atenção do público, algo que é cada vez mais comum. O conceito de dopamina e o efeito de recompensa imediata são, sem dúvida, elementos chave para compreender essa transformação. A rápida satisfação gerada por esses conteúdos curtos torna-se um motor de retenção e viralização, o que, por sua vez, é crucial para as plataformas manterem o usuário engajado e voltar à aplicação.

    Para as marcas, este novo cenário apresenta um grande desafio e oportunidade. O marketing de conteúdo agora exige agilidade criativa e uma comunicação que consiga impactar e capturar a atenção do usuário em segundos, o que é uma verdadeira arte. Saber adaptar-se a esse novo formato de storytelling será fundamental para quem deseja manter a relevância no mundo digital atual. Ignorar este tipo de conteúdo pode, sem dúvida, resultar em perda de alcance orgânico, dado que as plataformas priorizam agora a interatividade e a repetição de consumo. A questão não é mais ‘quanto tempo o público passa no conteúdo’, mas sim 'quantas vezes o público interage e consome esse conteúdo'. É uma evolução fascinante que torna o marketing digital ainda mais dinâmico e desafiador."

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