sexta-feira, 6 de maio de 2016

Berlim proíbe arrendamento pela Airbnb

As autoridades berlinenses ameaçam aplicar multas que podem alcançar os 100 mil euros a quem alugar apartamentos na capital alemã através da plataforma Airbnb, atitude que é justificada pela lei "Zweckentfremdungsverbot" aprovada em 2014 e aplicada a partir de 1 de Maio deste ano (previa-se um período de transição de 24 meses que terminou no final de Abril).

As autoridades apresentam duas razões para esta medida: proteger a disponibilidade das casas e manter as rendas o mais baixas possível. O objetivo é garantir a acessibilidade do alojamento numa cidade onde este é cada vez mais escasso e caro, situação que se agravou com o sucesso das plataformas de arrendamento online, como é o caso da Airbnb.
Com a implementação desta política, os turistas que visitarem Berlim apenas poderão alugar quartos, estando proibido o arrendamento de casas e apartamentos inteiros.
Julian Trautwein, porta-voz da Airbnb, afirma que os berlinenses querem regras mais claras quanto à partilha das suas casas, pelo que os decisores políticas devem ouvir os seus cidadãos e seguir o exemplo de cidades como Paris, Londres e Amesterdão.

Resta saber se outras cidades adotarão esta medida, uma questão relevante dado que, hoje em dia, o turismo representa, para muitos países, uma verdadeira "galinha dos ovos de ouro".

Qual é a vossa opinião? Acreditam que é necessário condicionar a atuação das plataformas digitais de arrendamento turístico, de modo a que as cidades não percam a sua autenticidade cultural e que as rendas não atinjam valores exorbitantes? Ou acham que isto não passa de uma atitude inútil de "parar o vento com as mãos", numa altura em que a inovação tecnológica conduz ao inevitável sucesso da "sharing economy"?  

Fonte: Independent


3 comentários:

  1. Olá Rúben! Sou da segunda opinião: não passa de uma atitude inútil, numa altura em que a inovação tecnológica conduz ao inevitável sucesso da "sharing economy". Não por acaso, também se sucedem as tentativas de entrave à Uber, numa perspectiva que pretende "proteger" operadores tradicionais...mas os consumidores, será que concordam em limitar estes modelos...? Não se trata de uma evolução inevitável...?

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  2. Não deixando de compreender estas politicas de entrave ou condicionamento, penso não haver grandes dúvidas de que a economia da partilha é o paradigma de futuro. Aquilo que me parece é que , à semelhança da reacção dos taxistas à introdução da UBER, tudo não passa de uma fase de transição em que surge uma natural resistência à mudança, que tem agora algum impacto mas que deixará cada vez mais de fazer sentido com o passar do tempo. A economia da partilha vai a meu ver reforçar a competitividade dos mercados e trazer melhorias de eficiência da utilização dos recursos, quer para empresas, quer para clientes.

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