segunda-feira, 16 de março de 2020

COVID-19: HIGH-TECH E HIGH-TOUCH

Covid-19 de novo? Sim, porque a pandemia está na ordem do dia e a culpa é (especialmente) do online.

De dia para dia há novas medidas que impactam todas as áreas das nossas vidas. O que sobra? O online. Nenhum outro meio de comunicação saiu ileso. As televisões interromperam os diretos e as rádios fecharam ou reduziram as emissões. Até as cartas, pelos vistos, transportam consigo o vírus que se aloja no papel. Os jornais foram, por isso, obrigados, a ver as suas edições limitadas ao formato online. As edições em papel, se já estavam em desuso, estão, de momento, obsoletas. A necessidade da informação ao minuto foi sentida, mais do que nunca, ao ponto de deixar a sociedade em alvoroço e de obrigar o SNS a dar informações, apenas, a cada 24 horas para acalmar os ânimos. 

A peste negra não fechou fronteiras, mas também não atravessou continentes, porque os aviões e as deslocações a longas distâncias não eram uma realidade. O Covid-19 está a isolar, pouco a pouco, cada país, mas o online continua a ligar-nos a todos. A prova de que temos tanto de High-Touch como de High-Tech é a necessidade que sentimos de contactar com o outro. Não faltam concertos em direto para as redes sociais, cafés entre amigos via Skype e chamadas e mensagens para todos aqueles com quem talvez nem falaríamos se não fosse o Covid-19. É uma necessidade de contacto que não desaparece e parece, até, sair reforçada. A população está, gradualmente, a fechar-se em casa e internet é a janela para o mundo, para os familiares, amigos, trabalho (em home office) e aulas por videoconferência, como é o caso da Universidade do Porto. A Porto Editora e a Leya disponibilizaram gratuitamente o acesso às plataformas Escola Virtual e Aula Digital, respetivamente. Uma iniciativa que, certamente, terá muito Marketing envolvido, mas também o seu mérito.


O entretenimento ganhou novas formas e não faltam ideias a circular na internet sobre o que fazer em período de quarentena. Desde exercício físico em casa, ao Netflix e até mesmo paródias e memes sobre o clima atual. A hashtag #StayAtHome ou #IStayHome está a correr o mundo e há inúmeras páginas dedicadas a sugestões de entretenimento: https://www.instagram.com/stayathomepls/. As celebridades e influencers, claro, também, não ficaram indiferentes. Os organismos e entidades oficias, por sua vez, têm utilizado o online para sensibilizar a população e desta vez decidiram juntar-se a influencers para uma causa comum.



É pedido bom senso e cuidado na disseminação de fake news que são inevitáveis com o crescente word of mouse. São muitos os exemplos que têm vindo a ser partilhados do dia-a-dia por tanta gente, criando verdadeiros diários das alterações e desequilíbrios que o novo vírus tem vindo a causar.


O Google Trends demonstra o alcance do Coronavírus no online, sendo a palavra mais pesquisada: https://trends.google.com/trends/explore?geo=PT&q=coronavirus.

É impressionante a capacidade de adaptação do ser humano e os Millennials têm vindo a ser protagonistas, como tanto gostam, desta onda de mudança. Como exemplo das Tribos que se unem por causas comuns, convido-vos a assistir a este vídeo da corrente criada pelo país inteiro: às 22h de cada dia estão todos convidados, a partir da segurança da sua casa, a bater palmas, com o objetivo de homenagear os profissionais de saúde. Há dezenas de vídeos como este um pouco por todo o país. Começou ontem.



Fontes:

2 comentários:

  1. Olá Joana! Espero que esteja tudo bem consigo e já agora com toda a turma neste período difícil...ainda bem que este blogue nos tem permitido manter o contacto por estes dias! Gostei muito do seu post, atual e bem construído. Confesso que principalmente no que respeita ao último episódio que relata, uma das primeiras associações que fiz foi com os Millennials :) claro que para além do objetivo individual de cada lar que bate palmas está o efeito viral da iniciativa: será que a adesão seria a mesma se não fosse um evento filmado e partilhado vezes sem contas nas redes sociais…? Mas reflete de facto o potencial interventivo da nova geração, o seu desejo de fazer do mundo um lugar melhor e a lógica high tech-high touch, comunitária, peer-to-peer de que falamos nas aulas. E tal como já antes mencionado noutros posts como o da Sara (como está, a aguentar-se…?) esta fase vai tornar o digital ainda mais omnipresente nas nossas vidas! Até para a semana...no digital!

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  2. Olá Joana! Antes de mais, adorei o post! Na minha opinião, todos nós seres humanos (uns mais do que outros) precisamos de interagir, socializar, conviver... faz parte de nós, tal como disseste! Com esta situação do vírus e da quarentena e, isso já não sendo possível/aconselhável, penso que é normal as pessoas "escoarem" esta sua carência (social) nas redes sociais! Queria aproveitar para referir uma coisa, uma vez que te referiste aos influencers, e até usaste o exemplo da Helena Coelho: estou muito contente com o trabalho que os influencers têm feito nas redes sociais! Entre posts, directos na história, partilhas... têm feito um trabalho incrível na consciencialização das pessoas sobre a importância da higienização, de ficar em casa etc isto é muito positivo uma vez que as camadas mais jovens (e alguns da nossa faixa etária até!!!) muitas vezes não veêm telejornal ou outro tipo de notícias! Desta forma, esta partilha nas redes sociais faz com que se mantenham informados e conheçam a realidade do perigo. Para além disso, alguns influencers têm também apostado no entretenimento dos seus seguidores! A Helena Coelho e o namorado, Paulo Teixeira (Personal Trainer) todos os dias às 19h dão uma aula de 16min na história para as pessoas continuarem a fazer exercício físico em casa, a Inês Mocho têm ensinado truques de maquiagem nos directos que faz todos os dias pelas 15h30, etc
    O mais importante é estarmos todos unidos, tal como disse o Rodrigo Guedes de Carvalho "Estamos todos no mesmo barco." e se remarmos no mesmo sentido, vai correr tudo bem!
    Espero que esteja tudo bem com todos vocês, cuidem-se e cuidem dos vossos. Beijinhos

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