A empresa começou por apagar tweets de Jair Bolsonaro (presidente do Brasil) e da sua família porque, em plena pandemia mundial, publicaram textos a incentivar as pessoas a sair de casa e a não fazer quarentena.
No entanto, a mais recente polémica em que o Twitter está envolvido diz respeito a publicações feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Esta semana o Twitter anunciou que a partir de agora haverá uma ferramenta que permitirá conferir a veracidade dos tweets feitos pelo Presidente da América. Esta nova ferramenta surge na forma de um ponto de exclamação na parte inferior da publicação, sendo que ao clicarmos nesse símbolo o Twitter mostra a informação correta sobre o tema abordado por Trump, tendo um pequeno resumo a explicar o assunto e ainda uma mensagem a dizer se aquilo que o presidente disse é verdade ou não.
Figura 1 - Tweet de Donald Trump com o ponto de exclamação
Figura 2 - Informação correta sobre o tema abordado por Trump
Na sexta-feira o presidente voltou a ver as suas publicações, neste caso sobre o caso George Floyd, a serem eliminadas/ocultadas pela rede social por estarem a "glorificar a violência".
Desta vez, as decisões do Twitter fizeram com que Mark Zuckerberg reagisse e falasse sobre o assunto. O presidente executivo do Facebook diz que não vai verificar os factos das publicações feitas pelo presidente dos EUA porque acredita que a rede social "não deve ser árbitro da verdade daquilo que as pessoas dizem online".
Jack Dorsey, presidente executivo do Twitter respondeu a Zuckerberg dizendo que "A nossa intenção é ligar as pontas soltas de declarações contraditórias e mostrar informação que está a ser disputada para que as pessoas possam decidir por si mesmas".
E vocês, acham que o Twiter faz bem em ter uma postura mais rígida relativamente a estas coisas? E o que acham da posição de Mark Zuckerberg no meio disto tudo?
Fontes:
Olá, Gabriela!
ResponderEliminarConcordo em absoluto com a posição do Twitter, acho particularmente grave ver o Presidente do "melhor país do mundo" a assumir uma postura de total desresponsabilização para com o cargo que exerce e com o serviço que deveria prestar aos seus cidadãos. Percebo a ideia do Mark Zuckerberg deixar que o contraditório aconteça como fruto exclusivo do julgamento dos utilizadores, mas acho isso bastante implausível vindo do CEO de uma plataforma cujo algoritmo é altamente auto-agravante (é quase "ingénuo" achar que haverá informação em conflito quando o utilizador, por regra, consome informação de um conjunto de fontes alinhadas entre si).
Olá, Gabriela
ResponderEliminarTrata-se de uma questão muito complicada. A posição do Twitter parece acertada à primeira vista, mas deixa algumas questões no ar. A ferramenta de verificação da verdade vai ser aplicada só ao presidente americano actual ou vai permanecer para todos os que se seguirem? Vai ser aplicada ao resto das outras contas do twitter no futuro? Se sim, como e com que critérios vai funcionar? A procura pela verdade na internet está a tornar-se cada vez mais dificil com o crescimento da mesma, assemelhando-se à procura de uma agulha num palheiro. É importante saber se as pessoas que dizem estar a trabalhar em prol da verdade estão realmente a cumprir o que dizem e que o façam de forma aberta. Caso contrário, criam-se ainda mais precedentes que fomentam a desconfiança.