sexta-feira, 29 de maio de 2020

Um café, Pleez!

A ideia de uma solução digital para responder aos desafios do mundo da restauração começou a desenhar-se ainda antes da Covid-19, mas as dificuldades sentidas neste sector na sequência da pandemia fizeram com que este projeto fizesse ainda mais sentido.

A Pleez, uma startup 100% portuguesa, surgiu em dezembro de 2019, com o objetivo de digitalizar o canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés): tornar mais eficiente o serviço nos restaurantes, facilitar a gestão e articulação das equipas de sala, balcão e cozinha e melhorar a experiência do cliente. O primeiro passo foi dado em restaurantes, mas no futuro a empresa pretende expandir para hotéis, discotecas e bares.

O objetivo inicial mantém-se mas, perante as circunstâncias, houve uma necessidade de adaptação: a possibilidade de utilizar esta plataforma digital no dispositivo móvel do cliente, ao invés do tablet colocado na mesa do restaurante.
Além do pedido sem necessidade de contacto com os funcionários, esta solução oferece um meio de pagamento mobile tal como os consumidores desejam neste momento: não é preciso tocar em dinheiro físico ou mesmo passar o cartão por um terminal de pagamento automático. Tudo se processa através do smartphone, incluindo a opção de dividir a conta, pedir fatura e incluir uma gratificação.

Todos estes processos simples geram um serviço mais rápido (é necessário apenas 2/3 do tempo para satisfazer os pedidos de uma mesa, o que pode aumentar a rotatividade das mesmas) e contribui para a segurança e confiança no espaço uma vez que promove o distanciamento social, evita a partilha de ementas e a troca de dinheiro ou manuseamento de TPAs.

Existem três modalidades de parceria:
1) Solução base: O restaurante configura o menu digital à sua medida na plataforma, podendo disponibilizar os artigos que desejar conforme a hora do dia, incluir promoções, sugestões, etc. O cliente pode explorar o menu, realizar pedidos, confirmar a conta e efetuar o pagamento, tudo a partir do seu próprio telemóvel.
2) Solução com Gestão de Equipa + smartwatch: acresce o aluguer de smartwatches para uso dos funcionários, que são notificados dos pedidos de forma imediata, tanto quando são feitos como quando estão prontos a levar à mesa.
3) Solução com Tablets de Mesa: alternativa para servir os clientes sem acesso a smartphone. A conveniência de um tablet na mesa promove os pedidos por impulso e oferece a possibilidade de gerar receita adicional ao integrar publicidade no menu digital.


Atualmente, existem 4 restaurantes a utilizar este sistema e 25 em implementação, todos concentrados em grandes cidades. O objetivo da Pleez é chegar ao final de 2020 com presença em mais de 100 restaurantes nacionais.

Acham que este “atendimento” digital vai ter sucesso nos restaurantes portugueses?

Fonte:

2 comentários:

  1. Olá, Marta!

    Ideia fantástica e, pessoalmente, acho que poderá ter muito sucesso em mercados mais centrais e tecnologicamente integrados (no caso português, as capitais de distrito, com ênfase em Porto e Lisboa). Acho particularmente interessante a divisão que fizeram na gama de serviços disponbilizados e penso que seria uma mais valia para a empresa obter informação, junto dos restaurantes, que quantifique o retorno adicional que os tablets de mesa pretendem gerar com a ideia de capitalizar no "impulso".

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  2. Olá, Marta! A iniciativa da Pleez parece ser bastante promissora e responde diretamente a uma preocupação que surgiu após a decisão de alguns restaurantes anunciarem o recurso a tablets para efetuarem os pedidos. Ainda que sejam aplicadas medidas de precaução, o facto de diferentes clientes utilizarem o mesmo tablet cria um possível foco de contaminação. Para além disso, manteria-se a necessidade de contato com o mesmo terminal para efetuar os pagamentos. Com a conveniência de podermos utilizar o nosso próprio smartphone, eliminamos esses riscos.
    Outro fator vantajoso é a concentração de várias funcionalidades essenciais numa só aplicação, simplificando todo o processo tanto para os consumidores, como para os comerciantes.

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