sábado, 31 de maio de 2025

Teste do tesla em parede falsa.

O caso do vídeo da Tesla é um exemplo poderoso de como narrativas manipuladas podem se tornar virais e afetar negativamente até mesmo marcas muito consolidadas. A viralização de conteúdos sem contexto, movida por interesses comerciais ocultos e pela dinâmica emocional das redes sociais, mostra como o storytelling pode ser uma arma de marketing — para o bem ou para o mal.

Para marcas, isso reforça a necessidade de desenvolver resiliência narrativa, ou seja, a capacidade de responder com clareza, autenticidade e dados quando sua reputação é desafiada no ambiente digital.

Estratégias envolvidas:

             Viral marketing negativo (Negative virality): O vídeo foi produzido com foco em viralizar nas redes sociais, explorando gatilhos emocionais como medo e choque.

             Marketing de influência encoberto (Astroturfing): Possível tentativa de desinformação ou manipulação da percepção pública sob o disfarce de um “teste independente”.

             Narrativa fragmentada: As redes sociais ajudam a polarizar opiniões rapidamente, com poucos consumidores buscando o contexto completo.


Impacto sobre os consumidores

Percepções afetadas:

             Consumidores informados: Podem investigar e entender a manipulação.

             Consumidores leigos: Podem absorver apenas o conteúdo emocional e reforçar preconceitos contra o carro autônomo.

             Fãs da marca (Brand advocates): Vão defender a Tesla e apontar inconsistências no vídeo.

             Céticos ou indecisos: Podem ser influenciados negativamente, adiando ou cancelando uma decisão de compra.

Emoções ativadas:

             Medo: de confiar na condução autônoma.

             Desconfiança: em relação a tecnologias novas.

             Raiva/indignação: se acreditarem que uma criança foi "posta em risco".

 


Lições de marketing e gestão de marca

1.           Transparência é fundamental: Marcas como a Tesla precisam oferecer dados abertos, testes auditáveis e comunicação proativa.

2.           O poder do vídeo: O formato audiovisual amplifica qualquer narrativa — verdadeira ou manipulada — com altíssimo impacto emocional.

3.           Importância do brand monitoring: Monitorar menções e tendências em redes sociais é vital para reagir rapidamente a crises.

4.           Storytelling reverso: Concorrentes podem criar contra-narrativas que invertem a imagem de inovação da marca (Tesla = perigo).


1 comentário:

  1. Olá Bela! Muito bem exemplificado um dos perigos das redes sociais. Vários estudos indicam que interações positivas sobre as marcas geram perceção favorável, ao passo que interações negativas provocam um WOM negativo e inegável destruição da reputação da marca. Até agora a Tesla ainda não emitiu nenhum parecer ou comunicação sobre o vídeo de Mark Rober. Estou curiosa se a estratégia da marca irá ser o silêncio, uma comunicação oficial ou uma melhoria.

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