domingo, 31 de maio de 2015

Manter a Distância... com Criatividade

Para promover o seu novo sistema que ajuda os condutores a manterem uma distância segura do carro da frente, a Volkswagen fez algumas campanhas bastante criativas em vários países.

Em Barcelona, com um simples cartaz colocado estrategicamente conseguiu promover o seu novo sistema. Como? Colocando o cartaz que dizia “Mantenha a distância” entre marcas concorrentes, como por exemplo entre o McDonald’s e o Burger King ou entre o Deutsche Bank e Barclays.


Já no Brasil, com um sistema um pouco mais complexo, lançou vários outdoors interativos para autocarros, transformando os outdoors tradicionais em outdoors interativos que reagiam à proximidade dos veículos, sendo que estes avisavam os carros que seguiam atrás dos autocarros quando se estavam a aproximar demasiado.


Com estas duas campanhas bastante criativas, a Volkswagen cria impacto juntos dos consumidores e consegue alcançar o seu objetivo de divulgar o seu novo sistema de segurança.


E vocês, qual das campanhas preferem?

Word of mouth communication (WOM)


A Web 2.0 dá poderes aos consumidores para expressarem as suas reclamações com redução dos custos físicos e mentais, permitindo compartilhá-las com uma infinidade de outros consumidores (Hong e Lee 2005).

Seleccionei este post “lista negra das empresas fraude em Portugal” por estar actualmente a circular nas redes sociais e por contar com bastantes visualizações, gostos e partilhas. Esta notícia é um bom exemplo para retratar o poder que os consumidores têm sob as empresas.
Hoje em dia, com apenas um clique, os consumidores podem postar na internet, as suas reclamações e gerar o chamado “passa a palavra negativo” (NWOM), destruindo completamente ou de certa forma, a imagem de uma empresa.
Os consumidores ao publicarem e espalharem as suas reclamações online, pretendem essencialmente desabafar sentimentos negativos resultantes de experiências insatisfatórias com produtos ou serviços, avisar outros consumidores dessas experiências de consumo que não correram bem, assim como retaliar colectivamente contra essas mesmas empresas.

Com isto, o “passa a palavra negativo”, na forma de conteúdo gerado pelo consumidor, é considerado o conteúdo mais credível e mais útil que a informação gerada pela empresa, e, portanto, uma fonte muito persuasiva de informação dada ao consumidor. Por isso as empresas necessitam adoptar estratégias adequadas para controlar o passa a palavra negativo (NWOM) e o seu potencial dano.

Alguém sabe quais as estratégias que uma empresa pode adoptar para combater o passa a palavra negativo (WOM), gerado por consumidores insatisfeitos?

Mudanças significativas no mundo dos blogs?

Já vários artigos aqui publicados evidenciaram o poder que os blogs (e os seus respetivos autores) possuem no que toca aos hábitos de consumo dos leitores.

Vivemos na denominada Age of Reference, na qual a opinião das pessoas em quem confiamos vale mais do que a das próprias marcas. Sendo o mundo dos blogs tão popular atualmente, é natural que o consumidor se sinta próximo de um autor que lê diariamente, pelo que confia na sua opinião e acredita nele quando elogia determinado produto e/ou marca. No entanto, nem sempre esta opinião é isenta e desinteressada: também as marcas têm consciência da influência dos bloggers nos consumidores, e usam isso a seu favor, oferecendo aos autores dos blogs contrapartidas a troco de divulgação da sua marca.






No entanto, esta relação rentável entre marcas e blogs pode ter os dias contados. De acordo com o novo Código de Publicidade, "A promoção de bens ou serviços,mediante contrapartida financeira ou material, sob a aparência de opinião pessoal deve ser claramente identificada como publicidade.”.

Assim, como explica o Secretário de Estado Adjunto da Economia, Leonardo Mathias, "tudo o que não é opinião, mas sim publicidade deve ser identificado de forma clara e inequívoca para não haver erros de interpretação"

Quer isto dizer que, se até aqui os bloggers podiam fazer passar como opinião isenta de um produto ou marca algo que, na realidade, era publicidade, a partir de agora já não o poderão fazer. Caso tenham recebido algo em troca da sua opinião, os autores devem assumi-lo como tal. Se há casos em que tal já acontece (como é o exemplo desta publicação do blog A Pipoca Mais Doce, em colaboração com a marca Avène), a verdade é que a grande maioria dos blogs não o faz, podendo induzir os consumidores em erro. Esta legislação surge então numa tentativa de auxiliar os consumidores a distinguir opiniões sinceras de patrocínios, algo que se revelava cada vez mais difícil, levando os blogs a cair em descrédito. Poderá, no entanto, ser desvantajosa para os blogs, que vêem assim ameaçada umas das suas principais fontes de receitas. 

Este Código esteve em consulta pública até à última sexta-feira, 29 de maio, e será aprovado em Conselho de Ministros até ao início do mês de julho.

Concordam com esta medida por parte do Governo? Acham que poderá afetar o modo como os blogs comunicam com os leitores e como ganham dinheiro?

sábado, 30 de maio de 2015

Gamification: A interação digital entre marcas e consumidores

A Nike adicionou uma nova aplicação Nike + Desafios para iPhone, permitindo aos usuários competir contra os seus amigos por medalhas. 
Os usuários criam os seus próprios desafios, definem uma meta em distância, e de seguida, convidam os amigos. O aplicativo inclui recursos de mensagens para que os utilizadores possam comunicar e / ou incentivar os seus colegas corredores, onde depois o corredor vencedor receberá uma medalha.

Estes desafios adicionam um elemento social mais profundo. A Nike percebe claramente que metade da diversão na corrida é ser capaz de se vangloriar aos seus amigos sobre isso.



As empresas precisam de compreender o que motiva os consumidores a interagir com as suas marcas e de que forma estes se podem tornar promotores activos dos seus conteúdos.

Um dos recursos mais atrativos para o relacionamento entre seres humanos é o jogo. Quando o jogo é aplicado ao marketing digital, uma marca pode obter grandes benefícios ao utilizar a gamification para atrair clientes.

Dados interessantes: ”20% das pessoas lembram-se do que ouviram, 30% do que viram e ouviram, e 60% das coisas com que brincaram ou se relacionaram".

A Gamification é uma estratégia de interação entre pessoas e empresas com base na oferta de incentivos que estimulem o comprometimento do público com as marcas de maneira lúdica. Na prática, as empresas oferecem recompensas a participantes que realizam tarefas pré-determinadas, voltadas para a recomendação, a divulgação, a avaliação ou a captação de novos clientes para a marca.

A grande vantagem da gamification é que esta estimula duas fortes características do ser humano: a cooperação e a competitividade. Onde a participação cada vez maior das pessoas nas redes sociais contribui para a criação de um solo fértil na utilização destes mecanismos para a divulgação das marcas, pois existe uma tendência natural de recomendação e interacção do público com as empresas.

Live for Now com a Pepsi Pulse

Já é sabido que esta geração gosta de estar em contacto, de ser ouvida, e é cada vez mais habitual a criação do chamado UGC (User Generated Content).

Neste sentido, a Pepsi não quis ficar de fora e criou a Pepsi Pulse, uma plataforma digital e social que permite agregar conteúdos relacionados com a marca e eventos relevantes na área da música, desporto e entretenimento.

Tendo por base o lema mundial da marca “Live for Now”, a Pepsi pretende potenciar a interação com os seus seguidores através da partilha de conteúdos relevantes que podem ser criados por eles próprios ou pela marca.

De acordo com Tiago Carapinha, responsável da marca em Portugal, esta plataforma vem “inspirar os consumidores a viverem o momento sabendo em primeira-mão as novidades da cultura pop e podendo ser os primeiros a partilhar esta informação com os seus amigos”

Esta plataforma, para além de dar a conhecer os produtos da marca, mostra todas as partilhas que são feitas nas redes sociais com as Hashtags da marca: #viveomomento e #pepsipt, nomeadamente, fotos que são partilhadas no Instagram e no facebook no decorrer de passatempos promovidos pela marca.
A partir desta plataforma podemos ainda chegar rapidamente ao youtube oficial da marca.



Esta é mais uma forma de a Pepsi se aproximar dos seus consumidores, maioritariamente jovens pertencentes à chamada "Geração Net”.


E vocês, gostam deste tipo de iniciativas que pretendem aproximar marcas e consumidores?

quinta-feira, 28 de maio de 2015

E-commerce: mais tempo dedicado às compras online

Um estudo recente do Observador Cetelem sobre a evolução do consumo na Europa, revela dados que não são novidade: o tempo despendido online para comprar tem vindo a aumentar em Portugal e nos outros países da Europa.
Num total de quase 9 mil inquiridos, de 12 países, o estudo é unânime: "a Internet tem roubado cada vez mais tempo aos consumidores".


Em destaque no jornal "Metro" de hoje (tendência do gratuito!), a investigação indica que os portugueses dedicam cada vez mais tempo às compras online (40% admite ter aumentado o tempo dedicado) em detrimento das lojas físicas (45% admite ter reduzido o tempo despendido no offline).


Isto não significa, no entanto, que a compra se concretize no online, podendo ocorrer uma situação ROPO. 
O online, pode assim, funcionar como uma pré-compra, na pesquisa e comparação - segundo o estudo:

"Os portugueses gostam de demorar o seu tempo sem necessidade de comprar".

Sem obrigações e/ou pressões, as compras têm um caráter de prazer e relaxe para 13% dos inquiridos nas lojas físicas e para 17% no online.

Por prazer, diversão, passatempo ou informação, a verdade é que os smart consumers são cada vez mais exigentes, dedicando, 19% dos inquiridos mais tempo à procura antes de efetivar a compra no offline, contra 25% que admite fazê-lo no online

Com mais tempo, opções, possibilidade e facilidade de comparação, o E-commerce veio para ficar. Mas será que algum dia substituirá por completo o offline? Ou haverá convergência e co-existência total?

Versão completa aqui

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Novas Experiências de Voo




Durante muito tempo, as instruções de segurança nos voos comerciais foram demonstradas ao vivo e a cores por elementos das tripulações das companhias aéreas. Até que a proliferação de ecrãs de vídeo nas cabinas dos aviões abriu um mundo de possibilidades para a exibição de conteúdos. 
A americana Delta Airlines não é a primeira companhia aérea a tornar o vídeo de segurança criativo. Companhias como a Air New Zealand ou a Virgin America já têm lançado diversos vídeos “fora da caixa” (ver: https://youtu.be/3iaTEgoezNQ  e https://youtu.be/DtyfiPIHsIg). 
Estas ações surgem da necessidade de tonar a experiência do voo mais apelativa e modernizar as empresas. Conteúdos mais interativos e inovadores tornam os clientes mais fidelizados e torna a relação com o mesmo mais efetiva.
Uma das características da internet é o efeito bola de neve, podendo tornar virais os conteúdos lançados. Ora, o vídeo da Delta Airlines já foi visualizado por vários internautas e pode influenciar futuros clientes no momento da marcação de um voo por considerar esta companhia como uma empresa “friendly” e que proporciona uma boa experiência de voo. Também o próprio vídeo da empresa é o culminar de várias tendências ao longo de vários meses nas redes sociais. A geração net valoriza precisamente a experiência e o entretenimento.
A atenção desta geração é um bem escasso, por isso é necessário saber captá-la. Hoje em dia, as empresas beneficiarão mais, quanto mais atentas estiverem em relação ao mundo que as rodeia, nomeadamente aos movimentos e novidades dos conteúdos digitais. A internet constitui um canal multimédia interativo de baixo custo e de onde se pode tirar ideias para campanhas de marketing ou outros tipos de estratégias.

No vídeo da Delta Airlines é possível ver que para a elaboração do mesmo, juntaram no mesmo filme mais de 20 fenómenos virais reconhecidos pela maioria dos internautas.

"Em casa, no carro, em todo o lado..."


A propósito do exemplo dado na última aula sobre o leilão do carro do Pedro Ribeiro na Rádio Comercial, achei interessante trazer para reflexão a integração dos media tradicionais com a web, e como as redes sociais e a exposição trazida pela net podem dar nova projeção aos “velhos” meios de comunicação, supostamente “ultrapassados”, pelo menos em audiência, pelo mundo virtual.

No ar há 36 anos, se há fator que diferenciou a Rádio Comercial da concorrência e lhe permitiu chegar à liderança, sendo hoje a estação de rádio mais ouvida em Portugal, foi a forma como antecipou, arquitetou e geriu a sua presença online.
Na sua página de Facebook, com 1.371.648 de Likes (consegue a proeza de ter mais fãs que a Cristina Ferreira!), são partilhados os pontos altos das emissões, bem como outras curiosidades, com desafios à participação dos internautas e feedback constante.

O site, renovado este ano, com um look moderno e atrativo, é simultaneamente meio informativo, playlist e agenda cultural, divulgando os concertos e artistas, e aproveitando o mundo online para promover o offline. O Player Online permite navegar pelas emissões, fazer pausa, recomeçar, recuar, avançar, como quem percorre a programação de uma box de TV, o que é ótimo para fãs como eu que gostam de ouvir rádio no trabalho e se me chamam para uma reunião ou outra qualquer interrupção, sei que posso ir e voltar sem perder pitada, sobretudo das rubricas!

Esse é outro grande segredo – desde que os humoristas Nuno Markl, e mais recentemente Ricardo Araújo Pereira, se juntaram às equipas das manhãs, que as rubricas na rádio, outrora aborrecidas, se tornaram no ponto alto da programação – quantos episódios da Caderneta de Cromos, O Homem que mordeu o Cão e Mixórdia de Temáticas ressoam nas nossas cabeças? Sem esquecer as míticas versões musicais do Vasco Palmeirim! Para lhe dar uma componente ainda mais ”mediática”, todas estas emissões são atualmente gravadas e disponibilizadas no Youtube, canal em que a estação tem um total de quase 40 milhões de visualizações.
Além do Youtube e do Facebook, a Rádio Comercial está ainda presente no Twitter, com quase 33 mil seguidores, e no Instagram, com perto de 15 mil seguidores.

Se tudo parecia estar perdido para os media tradicionais (e sobretudo para a rádio) com o domínio da web 2.0, exemplos como este vêm mostrar que se pode juntar o útil ao agradável, e que os media tradicionais podem e devem inovar na elaboração, comunicação e apresentação de conteúdos. É assim respondendo às exigências dos novos ouvintes/consumidores, através de novas plataformas, com ligação 24 horas por dia, 365 dias por ano, de forma imediata, e sem perder nenhuma piada, música, ou conteúdo relevante, que se conseguem manter fidelizadas as novas gerações.

Para terminar, deixo-vos com o vídeo da rádio Comercial mais visto no Youtube (1.342.081 de visualizações), e já agora pergunto-vos:



Qual é o vosso vídeo/rubrica/episódio preferido??

terça-feira, 26 de maio de 2015

Também ficaram a bocejar?

Uma famosa Universidade situada em Nova Iorque realizou um estudo que indica que, em média, 70% das pessoas boceja quando vê alguém a bocejar. Vamos ver se o estudo se comprova...



A marca brasileira de café "Pelé" decidiu fazer uma experiência com os consumidores; colocou um MUPI interativo, numa estação de metro bastante movimentada em São Paulo, em que iam aparecendo pessoas a bocejar, o que tinha o intuito que quem passasse também bocejasse e despertasse a sua atenção. Foi ainda colocado um sensor de movimento, que conforme iam passando mais pessoas, mais apareciam pessoas a bocejar no MUPI. A verdade é que grande parte das pessoas que passaram não ficaram indiferentes a esta experiência e começaram mesmo a bocejar. 

Passando alguns minutos, surge então um anúncio que identifica a marca e a seguinte frase: "Também bocejou? É hora do café!" e aí apareceram várias colaboradoras com tabuleiros repletos de copos de café, sendo esta a solução para pararem de bocejar.

Assim, a marca utilizou, não só uma plataforma digital para fazer publicidade ao seu café, como também contou com a participação de colaboradoras, com vista a promover a interação com o cliente e ainda, dar a experimentar o seu produto, podendo de imediato ter acesso à opinião dos próprios.  



A Empadaria do Chefe e a sua resposta

Abriu recentemente uma nova loja da Empadaria do Chefe no Norte Shopping e nesse mesmo dia teve direito a um comentário bem crítico na sua página. Não demorou muito a obter uma resposta de um dos sócios da empresa. Aqui está os comentários de ambos:


de Bárbara Taborda


"Bom dia, a minha experiência ontem na Empadaria do Chefe no Norteshopping foi simplesmente pavorosa. Depois de um atendimento terrível, onde as colaboradoras denotam uma falta de tacto e conhecimento que é de bradar aos céus, eis que chega o meu menu.Escolhi o menu de sopa + empada + bebida. O creme de cenoura que me foi servido, estava horrível. Para além de frio, o creme - que de creme nada tinha... - sabia a água com cenoura. Sabor= ZERO!!! De longe a pior sopa que comi na vida. Decidi dar uma hipótese ao resto, a tão falada empada.. Escolhi a de Galinha Tradicional, que deveria ser, como o nome indica, algo que nos remete para a cozinha da nossa avó: quentinha, saborosa e que nos aconchega o estômago e a alma. O servido? Uma empada trivial, pouco saborosa e demasiado cara. Fiquei muito desiludida. O conceito prometia, o "selo" do chef prometia e o resultado foi muito negativo. A não voltar!" 


A resposta:

Carta aberta de Albano Homem de Melo
(um dos fundadores e sócio do h3 e da Empadaria do Chef (juntamente com António Cunha Araújo e Miguel van Uden).

"Cara Bárbara Taborda,

Em resposta ao seu comentário nesta página deixe-me primeiro, em nome de todos os que trabalham na Empadaria do Chef, pedir-lhe desculpa pela má refeição que teve connosco. Passou-se consigo, mas pelo trabalho que estamos a faz er todos os dias, dia e noite nos últimos dois meses, com a introdução de novos produtos que visam melhorar a nossa oferta, não se vai passar com mais ninguém. Ou se por qualquer falha humana, tudo não estiver perfeito (há esta mania das pessoas, mesmo as esforçadas, falharem de vez em quando) cá estaremos para dar a cara, tentar resolver e não deixar partir um cliente insatisfeito. Consigo não tivemos e parece que não vamos ter essa oportunidade. 

Temos, sinceramente, pena.

Espero que para bem de quem investiu neste negócio e de quem connosco trabalha, que os leitores destes textos me dêem mais ouvidos a mim do que si. Tentarei entusiasmá-los para a nossa ementa. Tentarei convence-los de que não somos a porcaria que descreveu.

Temos pena, porque enquanto empresários que fazem a sua vida profissional neste país, esforçamo-nos por criar empresas que façam sentido às pessoas que nos procuram e por lhes oferecer boa comida e um serviço profissional e simpático. Esforçamo-nos também por dar perspectivas de vida e carreira interessantes às pessoas que trabalham connosco. 

Se não entregarmos um bom produto não teremos êxito. Se a cada falha que existir, o erro nos for apontado em público, não como um alerta para melhorar, mas como uma sentença definitiva e alertando para uma calamidade pública para que todos se afastem de tão execrável restaurante que se enganou numa receita e pôs água a mais na sopa, não teremos também êxito.

Numa loja que abriu há poucos dias, que estreou uma série de novidades, os erros que não podem acontecer, e que são indesculpáveis, acontecem e mesmo nós, que estamos nesta profissão para atingir os mais altos níveis de rigor, os desculpamos. Sob pena de nos deprimirmos e deixarmos morrer o entusiasmo.

Aproveito para lhe falar de um antigamente, pré-facebook, em que, perante um erro num restaurante, o cliente se dirigia a uma das pessoas (físicas) e lhe comunicava o que estava mal. Essa pessoa poderia desculpar-se ao vivo e tentar uma solução. Trocar o prato, devolver o dinheiro, entregar um convite para uma nova refeição, explicar o que terá acontecido e pedir de novo desculpa. Se assim não o fizessem, isso seria indesculpável. Temos também uns papéis na loja para quem quiser escrever-nos e nós respondemos sempre. Temos um site em que a troca se mantem privada. E há, agora, esta forma de gritar aos sete ventos, à vista de muitos, lançando um alerta à comunidade contra determinado restaurante. O seu "a não voltar" tem implícito um "a não ir". Porque é que alguém que não pensa em voltar a determinado sítio, o torna público? Porquê fazer com que ninguém venha comer aos nossos restaurantes?

O que motiva alguém a escrever algo tão absolutamente destrutivo, por muito que pense nisto, não o consigo perceber. 

Nunca o fiz e nunca o farei. Imagine que a Bárbara Taborda comete um erro no seu trabalho e que a forma que o seu chefe escolhe para lhe chamar a atenção é através do sistema de som do estádio do Dragão no intervalo de um jogo, com a Bárbara no meio do campo. Seria uma novidade. Mas nem todas as novidades são boas.

Prefiro o decoro, a gentileza, a amabilidade, a graça com que se faziam as coisas antigamente. Há dois ou três anos atrás. 

E agora, escreverei umas linhas sobre o que para nós é muito importante. A nossa comida. As empadas, desenvolvidas pelo Chef José Avillez (aproveito para dizer que da parte dele não há uma única falha, as receitas são todas óptimas e tudo o que acontece de menos bom são questões de implementação que se resolvem e são da nossa responsabilidade) são feitas com uma massa quebrada fina, a maior parte delas e uma com uma massa folhada de 7 voltas, a de vitela, bacon e espinafres e que é servida com um molho de cogumelos, que fazemos todos os dias com cogumelos frescos. Tão frescos como os legumes que salteamos para um dos novos acompanhamentos (temos agora também tomate assado no forno com orégãos e um arroz de tomate malandrinho) e para as nossas sopas. A de cenoura tem como primeiro passo um estufado de alho francês, exactamente para que não fique sem sabor. Havendo um erro na água, lá está, vai-se o sabor. Temos também salgadinhos, croquetes, rissóis, bolinhos de bacalhau (no Sul "pastéis") e, ainda umas empadas de galinha pequenas a pedir messas às da minha avó. Se estão bons, melhores vão ficar. Todos os dias fazemos um pequeno acerto. Porque gosto muito, não poderia deixar de falar na nossa empada de cozido à fatia (leva hortelã, para um leve aroma fresco). A de galinha que comeu é a mais simples, mas permita-me que discorde, uma óptima empada, feita com o caldo onde se cozeu a galinha e bocados pequenos de chouriço como é costume no Alentejo. Temos uma de frango thai, uma de alheira e grelos com ovo estrelado por cima e uma de legumes e requeijão. As bebidas são as do h3, limonada e chás gelados. Temos vinho a copo. E temos a certeza que quem ler isto acreditará que não seremos uns miseráveis destituídos que se lançaram na aventura de servir sopas aguadas como modo de vida.

Se se deixou tentar por algumas destas coisas, diga-me. Tenho todo o gosto de a convidar para almoçar na Empadaria de Chef e maior gosto, ainda, de estar presente. Fisicamente."

Albano Homem de Melo,

um dos fundadores e sócio do h3 e da Empadaria do Chef (juntamente com António Cunha Araújo e Miguel van Uden)

PS: Às pessoas que aqui trabalham e que dão o seu melhor (e que nos deixam muito contentes por o seu melhor ser tão bom e tão genuinamente orgulhosos de fazerem parte desta empreitada) e que ficaram profundamente tristes com o que leram, tenho estado a dar-lhes uma palavra de ânimo um a um e pessoalmente. Estou cheio de trabalho. Peço-lhe que, se for possível, não me arranje mais ocupações. Digo-lhe isto com um franco e acolhedor sorriso. Acredite Bárbara. Se soubesse incluiria, agora, uma daquelas bolas com um sorriso."


O que acham desta resposta por parte da empresa?! 
Concordam com o que ele diz e fariam o mesmo?!

Esta parágrafo para mim é, sem dúvida, o melhor, porque faz-nos pensar na evolução que temos vindo a sofrer e da facilidade com que nos esquecemos que, o que as redes sociais têm de muito bom, têm também de muito mau e conseguem destruir a imagem de uma pessoa/empresa/organização nunca questão de segundos:


"Aproveito para lhe falar de um antigamente, pré-facebook, em que, perante um erro num restaurante, o cliente se dirigia a uma das pessoas (físicas) e lhe comunicava o que estava mal. Essa pessoa poderia desculpar-se ao vivo e tentar uma solução. Trocar o prato, devolver o dinheiro, entregar um convite para uma nova refeição, explicar o que terá acontecido e pedir de novo desculpa. Se assim não o fizessem, isso seria indesculpável. Temos também uns papéis na loja para quem quiser escrever-nos e nós respondemos sempre. Temos um site em que a troca se mantem privada. E há, agora, esta forma de gritar aos sete ventos, à vista de muitos, lançando um alerta à comunidade contra determinado restaurante. O seu "a não voltar" tem implícito um "a não ir". Porque é que alguém que não pensa em voltar a determinado sítio, o torna público? Porquê fazer com que ninguém venha comer aos nossos restaurantes?"

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Telepizza e Pepsi – Menu problemático?

A grande maioria das marcas aposta, atualmente, nas redes sociais para comunicar com o seu público-alvo e garantir um maior engagement dos consumidores com a marca. No entanto, e como já estudámos em sala de aula, a correta gestão dos meios online é um fator chave para o seu sucesso, e nem sempre as marcas são capazes de o fazer de forma adequada.

O mais recente caso de má gestão de uma rede social tem como protagonista a Telepizza e a sua página de Twitter, após um consumidor expressar o seu descontentamento pelo facto de a marca ter substituído a bebida Coca-Cola pela Pepsi nos seus menus. A resposta da marca já se tornou viral nas redes sociais.


Porém, a troca de mensagens não ficou por aqui. Indignado com o tratamento efetuado, o cliente continuou a “conversa” com a Telepizza – que, por sua vez, voltou a responder com um tweet bastante irónico. 




As reações dos restantes consumidores da marca não se fizeram tardar, e se alguns utilizadores aprovam a “brincadeira” da Telepizza, a grande maioria condena a atitude da marca.  



Numa tentativa de se aproximar do consumidor, a resposta num tom que a marca considera como “amistoso, próximo e humorístico” (características pelas quais a Telepizza rege a comunicação da sua página) foi considerada uma ofensa pelo consumidor – que, se já se encontrava insatisfeito com o serviço da marca, garantidamente não terá melhorado a sua opinião depois disso. Fontes oficiais da marca (em comunicação dada ao jornal O Observador) garantem ainda que “não se trata aqui de uma atitude de desrespeito ou de ofensa, mesmo estando a falar de uma rede social onde por vezes o discurso é um pouco mais informal. Lamentamos que o comentário tenha sido menos bem interpretado do que gostaríamos”. Os responsáveis da marca terminam a sua justificação com “tudo não passou de uma brincadeira”.

Numa época em que as marcas se encontram tão expostas e são alvo de avaliação constante por parte de consumidores extremamente exigentes, casos como este não são raros. Contudo, se há marcas que usam as queixas e opiniões negativas dos consumidores a seu favor (como a EA Sports no caso Tiger Woods PGA Tour), outras podem ser mal-interpretadas numa tentativa de se aproximarem do cliente, à semelhança do que aconteceu com a Sumol na sua página de Facebook.

Importa ainda realçar as características da Geração Net (à qual pertence o utilizador reclamante) aqui patentes: note-se que a reclamação não foi feita através dos meios legais para o efeito, mas sim através de uma rede social com enorme impacto. Esta geração caracteriza-se também pelo Power to You, que valoriza a liberdade de escolha (motivo pelo qual o consumidor pode “abandonar” a Telepizza, que agora serve Pepsi, por outra marca de pizzas que comercialize a Coca-Cola. A troca não será difícil, devido à elevada oferta existente no mercado) e exige respeito por parte das marcas (o que, neste caso, parece não ocorrer).

Qual a vossa opinião acerca da resposta da Telepizza?
E a atitude do cliente, terá sido a mais correta?

Kuanto Kusta(m) os nossos dados?


O KuantoKusta celebrou 10 anos e lançou um passatempo para participantes: 10 dias e 10 smartphones.
O KuantoKusta faz 10 anos e oferece 10 prémios!!!

O KuantoKusta é o líder português dos comparadores de preços e ajuda, diariamente, os consumidores a comparar produtos de diversos comerciantes num só espaço e onde são filtradas as melhores ofertas. No passado dia 7 de maio começou o passatempo que, durante 10 dias, ofereceu 10 smartphones - 1 por dia - aos participantes mais sortudos - e pacientes também!

O passatempo, gratuito, obrigava a uma série de passos para ser considerado: primeiro, o participante teria de fazer registo na aplicação; depois, deveria subscrever a newsletter, visitar a página de Facebook da marca, inserir o link de um produto do KuantoKusta e, por fim, partilhar o passatempo nas redes sociais, aumentando em 2 vezes a possibilidade de ganhar por cada acesso ao passatempo efetuado através da partilha.
Os vencedores enviaram, no final do passatempo, uma foto com o seu novo telemóvel, prontamente publicado na página de Facebook da marca.

Isto é, o KuantoKusta, em troca de 10 smartphones (Iphone e Galaxy), obteve mais uma rede de potenciais clientes - que possivelmente desconheciam o serviço até aí - alimentando as suas bases de dados e dando a conhecer a estes smart consumers (que valorizam o preço e a comodidade) as melhores ofertas, à distância de um clique.

Excelente ideia da KantoKusta (e de tantas outras!) para abordar novos públicos e fidelizar os atuais, que, por vezes nem se apercebem dos verdadeiros motivos que antecedem todos os passatempos onde participam.

Porque, os nossos dados, preferências e necessidades Kusta(m) muito!

domingo, 24 de maio de 2015

Light Phone - Your phone away from phone!

Joe Hollier e Kaiwei Tang, ambos designers, criaram o conceito de "Light Phone". Este traduz-se num telemóvel que se caracteriza pela sua falta de complexidade face aos dispositivos atuais. Como tal, de acordo com os autores, é adequado para um público-alvo que valorize o facto de estar “offline”. Por este motivo, esta ideia contraria o que temos vindo a estudar, nomeadamente o facto de estarmos numa geração que quer estar sempre conectada e informada. 
No entanto, para a sua implementação, necessitam de angariar fundos para o conseguirem comercializar. Deste modo, recorreram ao crowdfunding através da plataforma Kickstarter para desenvolver este projeto. Com isto,  verifica-se o fenómeno de desintermediação uma vez que há contacto direto entre os potenciais compradores e os vendededores.
De acordo com Joe, esta ideia surge como uma "ferramenta onde as pessoas possam encontrar o equilíbrio com a simplicidade". Desta forma, o consumidor só paga aquilo que quer consumir.
Algumas das suas características consistem em deter um tamanho equivalente ao de um cartão de crédito; não possuir qualquer ligação à internet e a bateria ter a duração de (aproximadamente) 20 dias. Por conseguinte, apenas tem a funcionalidade de fazer e receber chamadas.

 

Além disto, possui ainda dois extras, nomeadamente relógio e lanterna. Estes, como seria de esperar, funcionam estando o telemóvel offline.
Ora, este telemóvel é mais do que um simples aparelho para comunicar pois além de ter o seu próprio número, permite instalar a sua aplicação no smartphone de forma a servir de atendedor de chamadas. Ou seja, sendo efetuada uma chamada, esta será redirecionada para si. Consequentemente, isto eventualmente será visto como uma vantagem já que os potenciais clientes podem utilizar o seu telemóvel para aceder a conteúdos e ao mesmo tempo recorrer a este para comunicar. Portanto, é dada aos consumidores a possibilidade de estar on e offline.
Relativamente à sua comercialização, prevê-se que lhe esteja associada um custo de 90€, o que para muitos está a ser encarado como uma desvantagem na medida que o mercado tem disponível produtos com uma funcionalidade semelhante a um preço inferior. 

Visto que necessitam de fundos, foi lançada uma campanha no dia 13 de maio onde tencionam arrecadar cerca de 180 mil euros até ao dia 27 de junho (data em que termina a campanha). Como tal, no próximo ano já deverá ser possível comercializa-lo.
Segundo a KickStarter, a campanha resultou até agora em cerca de 125 mil euros, o que significa que é bastante provável que venha a ser um produto bem-sucedido.

Como já vimos nas aulas, a ideia destas plataformas consiste em descrever a ideia no site, definir um limite financeiro e um limite temporal. Logo, as pessoas interessadas em participar, isto é, que queiram apoiar o projeto, podem contribuir estando sujeitas a uma doação mínima de 1€. E, quem quiser obter um retorno pelo seu contributo, pode adquirir o produto no qual terá que despender os 90€.

Assim, um dos motivos para a criação deste produto foi a disponibilização de um produto como uma alternativa aos smartphones com o intuito de evitar "distrações" com as funcionalidades destes, como por exemplo, o acesso a redes sociais.
Porém, temos visto que o consumidor atual valoriza muito os dispositivos móveis devido a fatores como fácil acessibilidade, comodidade e a necessidade de estar quase sempre online.

Logo, será que os consumidores não se importarão de utilizar dois telemóveis? Ou será que preferem apenas um e que abranja todas as utilidades já referidas?

sábado, 23 de maio de 2015

BBDO Belgium Trolls Marketing Directors

Já pensaram como é difícil falar com os diretores de Marketing das marcas mais conhecidas? E conseguir com que participem em campanhas?
Para captar a atenção dos diretores de marketing, a BBDO, uma conhecida agência de publicidade com mais de 15.000 funcionários, espalhados por escritórios em 80 países, na Bélgica decidiu "provocar" os marketeers.Juntamente com a JCDecaux, a maior empresa de publicidade do mundo espalhou pelas ruas outdoors com os rostos e os nomes de alguns destes diretores belgas!

Vejam o resultado:



Como acham que reagiram? Desde irritação, a confusão, estes diretores mostraram-se bastante apreensivos com estes personal billboards colocados em vários locais sem o seu aval, sem o seu próprio conhecimento...

O diretor de marketing da organização Masters Blenders em poucas horas reagiu "Actually I'm really not amused. People are calling me, sending me texts and e-mails...What is about?", assim como todos os outros restantes visados.BBDO respondeu enviando resposta via e-mail: o objetivo era apenas testar a eficácia da publicidade na rua! - "we just wanted you to experience the effectiveness of outdoor advertising" e lança mesmo um desafio a todos, pois tal como experienciaram, obtiveram imensas reações a estes billaboards, não será então bom associarem-se à rede e promover os seus serviços?

Desta forma, a BBDO conseguiu então convidá-los a ver a sua apresentação!
Os comentários à iniciativa foram bastantes positivos!



A eficácia da publicidade de rua funcionou da melhor forma para captar a atenção do publico alvo e atingir o objetivo!
Criatividade? Ousadia?
O que pensam da iniciativa?

Um bem essencial que não está ao alcance de todos...



Recentemente, uma famosa sala de cinema de Los Angeles foi palco de uma ação social em conjunto com a organização "The Water Project", que tem como finalidade promover a sustentabilidade  de projetos que permitem levar o acesso a água a países sub-desenvolvidos em África.



Esta experiência começou com a oferta de garrafas de água a todos os presentes na sala de cinema, no entanto estas eram quase impossíveis de abrir, o que causou incómodo e frustração a quem tentou insistentemente.


Após alguns minutos de tentativas, começou a passar na tela de cinema um pequeno vídeo que tinha como intuito fazer relação entre o esforço que as pessoas acabaram de fazer para abrir as garrafas que lhes tinham sido oferecidas e o esforço que as crianças em países sub-desenvolvidos em África têm de fazer diariamente para ter acesso a este bem essencial.


Ao contrário de esta instituição ter optado por passar apenas o vídeo promocional, com esta ideia, claramente, conseguiram alertar os presentes e consequentemente que se passe a mensagem do sucedido, acerca de um problema que imensas famílias passam diariamente.

Penso que com esta ação conseguiu-se criar uma grande interação e proximidade com as pessoas, levando a que, de uma maneira muito superficial, estas passassem pela experiência de ter um acesso a água com algumas limitações e "barreiras".



quinta-feira, 21 de maio de 2015

Um investimento rentável?

Ontem foi anunciado que a China pretende realizar um investimento significativo de 164 milhões de euros na expansão da Internet. Como tal, segundo o Conselho de Estado da China, o objetivo consiste em realizar um plano nacional de melhoria do sistema de redes. Logo, querem apostar numa ação que aumente a velocidade da internet assim como a sua expansão em zonas rurais. Consequentemente, pretende-se um aumento de 40% da velocidade e tornar a internet um meio mais acessível em termos monetários, isto é, menos dispendiosa. No entanto, para tal, vão ter que pedir apoio às grandes empresas estatais de telecomunicações. Caso contrário, dificilmente conseguirão implementar esta medida. Além disto, este plano também engloba a expansão da rede de banda larga e fibra ótica a 14.000 localidades de áreas rurais do país.


Relativamente à sua implementação, esta vai resultar num investimento gradual, no qual é estimado que neste ano sejam despendidos 63.450 milhões de euros, e nos anos seguintes, 2016 e 2017, 50.475 milhões de euros. Ora, como se tem vindo a verificar, a China é uma economia com elevado impacto internacional visto que não só detém um número populacional excessivo como também é das maiores exportadoras. Mas, apesar de mais de 600 milhões de pessoas terem acesso à internet e existirem grandes empresas de software como a Tencent, Baidu e Alibaba, não detém uma infraestrutura necessária que permita velocidade de acesso. Portanto, neste caso, as vantagens que já conhecemos associadas a este fenómeno como a rapidez de acesso, always on, elevada velocidade de resposta e poder de decisão não estão salientes da mesma forma que nas restantes economias desenvolvidas.

Assim, se esta medida for implementada e for bem sucedida, certamente que será uma forma de estar ao mesmo nível tecnológico, ou quase, de economias desenvolvidas. Isto significa que o conceito de geração net eventualmente será introduzido, assim como os fatores a ela associadas como a rapidez de informação e divulgação de conteúdos.

Mas, será que estes consumidores controlarão a mensagem? Terão a liberdade de escolha e o mesmo poder que os consumidores ocidentais têm?

Tresemmé Anúnicio com Blogger

Este é o mais recente anúncio da Tresemmé, podia ser mais um anúncio de produtos de beleza, mas este tem uma particularidade, e foi por isso que decidi desenvolver esta noticia. Poderão ver este anúncio em pormenor no link mais abaixo. O que achei que está bem conseguido por parte da tresemmé, foi o facto de ter recrutado uma blogger para esta campanha apoiando a comunicação na opinião do blogger.

Normalmente um blogger têm bastante seguidores, e o trabalho deste tipo de blogger é a divulgação de produtos e em troca recebem pela divulgação, na minha opinião do ponto de vista comercial e informativo, o trabalho que os bloggers fazem é muito mais efetivo, uma vez que dão a sua opinião e passam toda a informação de determinado produto, enquanto que as publicidades com “estrelas de cinema” contribui na minha opinião para o posicionamento da marca e divulgação de um produto, não existe informação complementar. Hoje em dia o consumidor procura saber tudo sobre um determinado produto para poder ter um ponto de comparação entre outras marca e saber por qual optar.

Questão:
Será que o blogger têm um poder mais efectivo na decisão de compra, do que propriamente as “estrelas de cinema” que aparecem em anúncios ? Fica a questão
 


Estratégia de crescimento e posicionamento da ONEPLUSONE

A ONEPLUSONE foi uma startups de tecnologia, que desenvolveu um novo smartphone, contudo esta marca deparou-se com um grande desafio que quase todas as pequenas empresas e PME´s de tecnologia se deparam, que o desafio de comercialização da tecnologia. Com a agravante de ter um baixo budget para investir em marketing, como tal a grande aposta da ONE plus ONE foi nas redes sociais e no “passa a palavra”.

Este smartphone conseguiu ganhar um grande quota de mercado e em pouco tempo, isto é resultado de um bom plano de marketing. Esta marca apostou em marketing digital e na interação com os seus consumidores, levou a que esta marca ganhasse uma grande projeção no mercado. A forma como a ONEPLUSONE vende os seus smartphones é só por encomenda e esta marca conseguiu atingir boa vendas, isto porque as características do smartphones era superiores a todos os smartphones de gama média e a sua relação qualidade preço é sem dúvida a melhor.

A sua estratégia teve 3 pontos centrais
1. Qualidade do produto nunca será comprometida, a um preço acessível a qualquer pessoa;
2. O método de compra só funciona por convite, a marca acredita que o produto mais desejado é aquele que não se pode ter, como tal só é possível encomendar um ONEPLUSONE só por convite, isto permite á marca controlar a procura e manter a ideia que o seu produto é VIP e a também que esteja presente a ideia de grupo(tribal), isto porque criaram o conceito do convite;
3. É um produto que se destina a um nicho, sendo este um factor de diferenciação em relação à concorrência, sendo o seu público “geeks” da tecnologia.

Campanha de marketing digital
A marca para se dar a conhecer criou uma campanha de divulgação, onde teve ajuda dos seus clientes, esta consistia em sortear um smartphone da marca no primeiro dia, pelo usuário que fizesse mais partilhas, no segundo sortearam 2 smartphones, terceiro dia 3, no quarto dia 12 sortearam de hora em hora e no 5 dia sortearam 72 smartphones.
Esta campanha teve o nome de “insanity week”, eles com esta campanha tiveram tal maneira sucesso que conseguiram ganhar um bom posicionamento, uma vez que o seu produto tem características superiores à maioria dos smartphones de gama média existentes.

Os resultados da campanha os retweets no Twitter aumentou 1.074%, a atividade no Google+ aumentou 1.956%, e as ações totais no Facebook disparou para 5,836%.
Em suma, é possível superar os desafios para entrar no mercado e ganhar posicionamento, como tal é necessário pensar numa boa estratégia e ter um produto diferenciador.

Fonte: https://oneplus.net/pt

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Spotify vs iTunes


Corria o ano de 2001 e o Mundo mudava com a apresenta do iPod e o iTunes e com eles vinha a revolução na industria da música. Uma década passada desde então, e a venda de música "em ficheiros" tem vindo a apresentar tendências de decréscimo, sendo o mercado da música digital dominado pelo serviço de streaming onde o Spotify é líder.

A empresa sueca criou esta plataforma que conta com mais de 60 milhões de ouvintes espalhados por todo o mundo e que proporciona ouvintes o acesso gratuito a uma biblioteca de música que parece não ter fim à vista. A versão gratuita tem um pequeno senão (gigante senão) a presença constante de anúncios publicitários. No entanto, a gigante sueca apresenta uma versão paga por cerca de 7€/mês, consoante o mercado, e que possibilita que os seus utilizadores utilizem as suas playlists num modo offline e SEM anúncios… Ao dia de hoje, cerca dos 15 milhões de ouvintes tem esta versão paga do serviços.

Hoje em dia o consumidor de música online já não compra álbuns no iTunes, nem cria bibliotecas intermináveis no Itunes que ocupam espaço desnecessário no disco do computador, smartphone ou tablet… Ao invés disto, subscreve o serviço de streaming do Spotify e outros serviços similares. Este serviço permite que o seu utilizador tenha a possibilidade de controlar quais músicas quer ouvir offline, de descobrir artistas semelhantes aos seus favoritos e até mesmo novos géneros musicais. Com o Spotify e seus similares podemos criar listas de músicas que podemos ouvir onde quer que estejamos sem acesso à internet (modo offline), bem como criar uma biblioteca na cloud que muda connosco, consoante o nosso mood.

Dados recentes apontam que as vendas do iTunes diminuíram cerca de 4% no segundo trimestre de 2015 onde existem, segundo a empresa fundadora, cerca de 800 milhões de contas criadas.

Por outro lado, o Spotify cresce a olhos vistos em termos de conquista de novos ouvintes, apesar de ainda não ter resultados operacionais positivos. A estratégia da empresa sueca passa por crescer trimestre após trimestre antes de começar a fazer dinheiro.

No entanto, apesar de tudo, a empresa norte-americana não se deixa ficar para trás e no ano de 2014 comprou a empresa Beats Music e o seu serviço de streaming para, assim, conseguir entrar na corrida. Com isto, sabe-se agora que a empresa está a preparar o relançamento do Beats Music como a parte do iTunes e sob a marca da empresa. Prevê-se o lançamento do mesmo a 8 de Junho, no WWDC, em conjunto com uma nova versão do iTunes Radio.

Segundo rumores dos especialistas da área, a versão "Spotify" da Apple irá contar com um período de experimentação que poderá variar entre um a três meses e só findo esse tempo será necessária a subscrição mensal do serviço pago. Apesar disso, os utilizadores poderão ter ouvir gratuitamente amostras de álbuns/músicas que os artistas optem por disponibilizar no serviço.

Anita e a mudança de identidade

Todos crescemos com as famosas histórias da “Anita”. A popular coleção de livros acompanhou a infância de várias gerações um pouco por todo o mundo. Da autoria do francês Gilbert Delahaye e do belga Marcel Marlier, acompanhava o dia-a-dia de uma criança conhecida como Anita. Isto até 2015 …




Em comunicado divulgado na última semana, a Zero a Oito (editora responsável pela publicação dos livros da coleção em Portugal) anunciou a mudança de nome da protagonista: de Anita, nome pelo qual sempre foi conhecida no nosso país, para Martine (o seu nome original). Mas não só a protagonista mudou o seu nome, também grande parte dos personagens secundários que a acompanham nas suas aventuras viram o seu nome alterado (como o seu cão, que todos conhecemos como Pantufa e passa agora a chamar-se Patusco).

De acordo com Joana Faneco (responsável de marketing e comunicação da editora) “esta mudança é uma estratégia global da editora Casterman, que pretende tornar a marca Martine universal. Cada vez mais as crianças de todo o mundo estão unidas pelas mesmas histórias, pelos mesmos temas, pelos mesmos heróis de animação. Todas elas sabem quem é o Mickey, o Noddy e o Harry Potter. Esta razão, aliada ao conceito de aldeia global em que vivemos actualmente, faz com que a decisão de voltar às origens ganhe todo o sentido.”



No entanto, esta justificação não parece convencer os portugueses, que consideram esta alteração uma ofensa às suas memórias de infância. A editora tem, por isso, sofrido na pele o poder da “Geração Net” (que, como estudámos, valoriza o power to you e faz questão de ser ouvido pelas marcas, sentindo assim que tem uma palavra a dizer no que toca aos produtos que consome) que tem feito questão de partilhar o seu descontentamento através de uma onda virtual de protestos em diversas redes sociais. Na página de Facebook da marca é possível observar uma amostra de como os portugueses estão a reagir à situação.

Contudo, vale ressaltar que a editora tem sabido aproveitar o burburinho de que tem sido alvo.  É possível observar na página o cuidado em explicar os motivos da alteração a todos aqueles que manifestam a sua indignação. Conforme afirmado ao jornal Público: Começámos a perceber o burburinho que, aos poucos, se foi criando na comunicação social e nas redes sociais sobre este tema. Muitas pessoas nos têm ligado para partilhar a sua opinião e temos sempre tentado explicar as razões que estão por detrás desta mudança e, principalmente, que as histórias não mudaram”.

Outras das tentativas da editora em “reconciliar-se” com os leitores tem passado pelo vínculo que tem criado com as figuras de referência do nosso país. Após a famosa (e amplamente partilhada nas redes sociais) crónica da Rádio Comercial – que tentou inclusive criar um movimento que impedisse a mudança de nome da protagonista – a Zero a Oito fez questão de oferecer à equipa um livro personalizado; e o mesmo aconteceu com diversas figuras públicas, como a autora do blogue A Pipoca Mais Doce (o blogue mais lido em Portugal), após esta ter publicado um artigo acerca da mudança. Sabemos a influência que estas figuras públicas têm na Geração Net, pelo que fica claro que a Zero a Oito está empenhada em voltar a cair nas boas graças dos portugueses.


É, no entanto, inegável que esta situação voltou a trazer à ribalta uma coleção de livros que se encontrava um pouco esquecida. O impacto desta decisão nos consumidores, só o tempo o dirá. A mudança pode quebrar os laços afetivos que grande parte dos consumidores possuía com as “histórias da Anita” (levando a uma quebra nas vendas) ou, pelo contrário, o forte buzz gerado em torno da coleção poderá ser o impulso que a coleção necessitava para se voltar a afirmar no mercado.

Enquanto indivíduos que cresceram com a Anita, o que pensam desta mudança de identidade?

E quais os impactos que a mudança (estratégia de marketing ou não) poderá ter nas vendas da marca?

EDP é a marca portuguesa mais valiosa

A EDP é a marca portuguesa mais valiosa, de acordo com o estudo anual League Table Valuation Study, elaborado pela Brand Finance.

O BES, marca que entretanto foi descontinuada, foi destronada do primeiro lugar que ocupava no ano passando cedendo a coroa à EDP que, de acordo com o estudo, vale mais do dobro da marca em segundo lugar e é a única a integrar a tabela das 500 marcas globais com maior valor financeiro.

A Galp Energia ocupa o segundo lugar, tendo aumentado o seu valor financeiro apesar de ter registado uma queda no seu valor na bolsa, como relatam os dados presentes no estudo.

Na terceira posição encontra-se o Pingo Doce, logo seguido pelo Millennium BCP e pela Caixa Geral de Depósitos.

No sector da distribuição verifica-se o percurso oposto ao da Galp, com as principais empresas a registarem uma diminuição no seu valor financeiro apesar de apresentaram uma evolução positiva na cotação das suas acções.

Já no sector das telecomunicações, o League Table Valuation Study destaca a Nos que, no primeiro ano de vida, já conseguiu aproximar o seu valor daquele associado às antigas marcas Zon e Optimus. A Meo é, ainda assim, a marca mais forte neste sector, estando em nono lugar.
1 - EDP
2 - Galp Energia
3 - Pingo Doce
4 - Millennium bcp
5 - CGD
6 - Continente
7 - Nos
8 - Cimpor
9 - Meo
10 - Mota Engil
11 - TAP
12 - PT Empresas
13 - Portucel
14 - Jerónimo Martins
15 - BPI
16 - Worten
17 - Super Bock
18 - Efacec
19 - Recheio
20 - Sagres
21 - Sovena

Fonte: http://marketeer.pt/2015/05/14/edp-e-a-marca-portuguesa-mais-valiosa/

domingo, 17 de maio de 2015

Lidl à procura de novo talento musical!



A marca de distribuição alimentar alemã, Lidl,  presente há 20 anos em Portugal lançou o passatempo "Mais Talento", entre o dia 7 de maio e 19 de junho. Este consiste na interpretação da música Mais para Si, de Mariza Liz, vocalista dos Amor Electro, e Luís Sequeira, finalista do programa The Voice Portugal. Os interessados em participar apenas terão que fazer o download da música instrumental em https://www.20anos.lidl.pt/concurso, gravar a interpretação e fazer o upload do vídeo no mesmo site. Posteriormente, os vídeos serão disponibilizados online e alvo de votação pelo público, os vinte mais votados passarão à ultima fase, sendo avaliados por um representante do Lidl, Mariza Liz e Luís Sequeira, onde serão selecionados os três finalistas. 
O Lidl está a mudar a sua estratégia de comunicação e o seu posicionamento e tem vindo a apostar nas redes sociais, contanto com cerca de 640 mil gostos na página do Facebook "Lidl Portugal". Ora esta iniciativa incentiva as pessoas a partilharem e comentarem os talentos potenciando o poder da marca. As pessoas querem fazer parte da história e seguir os concorrentes! Vanessa Romeu, Diretora de comunicação referiu "As redes sociais são imprescindíveis para a criação de uma relação duradoura com os consumidores, são canais de comunicação bidirecionais, por isso a nossa postura é de diálogo, onde as pessoas podem interagir", tal como se verifica neste caso.

O Dia de Todos Nós

Celebra-se hoje o Dia Mundial da Sociedade da Informação, a sociedade que não vive sem internet, sem televisão, sem o acesso constante, rápido e fácil a informação.


Instituído em 2005 por resolução da Organização das Nações Unidas, o dia 17 de maio era anteriormente conhecido por Dia Mundial das Telecomunicações, para comemorar a fundação da União Internacional de Telecomunicações, ocorrida a 17 de Maio de 1865.

O principal objetivo do dia é “chamar a atenção de todo o mundo para as mudanças da sociedade proporcionada pela Internet e pelas novas tecnologias. A data também tem como objetivo ajudar a reduzir a exclusão digital.”

Este dia é igualmente conhecido por Dia Internacional da Internet, desde 2006, ano em que a Organização das Nações Unidas o instituiu.


Atualmente, quase 3 mil milhões de pessoas em todo o mundo são utilizadoras da internet, o que revela a enorme importância deste dia.

Só hoje, por segundo, foram enviados mais de 2 milhões de emails, mais de 100 mil vídeos foram vistos no YouTube, mais de 9 mil tweets feitos no Twitter, mais de 2 mil fotos publicadas no Instagram, mais de 1700 chamadas no Skype, mais de 27 mil GB de tráfico, e quase 50 mil pesquisas foram feitas no Google. Sim, isto tudo em UM SEGUNDO!

Como sabemos, a geração atual é conhecida por Geração Net ou Millennials, totalmente adepta das novas tecnologias, do imediato, do fácil, de ter tudo o que precisa ao seu dispor de forma simples. Assim, podemos considerar também este dia um bocadinho como o Dia da Geração Net, porque é esta geração que faz com que vivamos num mundo cada vez mais tecnologizado e adepto da procura constante de informação.

Sabiam disto? Qual a vossa opinião?

Feliz Dia Mundial da Sociedade da Informação!