sexta-feira, 16 de março de 2012

CrowdFunding em Portugal

Mais um excelente exemplo de CrowdFunding em Portugal...

2 comentários:

  1. Outro bom exemplo de Crowdfunding em Portugal é o site http://ppl.com.pt/
    A plataforma retém uma comissão de 5% sobre o valor angariado, mas só de for conseguida a totalidade do montante dentro do prazo estabelecido. Se não for atingido, todos os apoios serão devolvidos, sem qualquer custo.

    Existem diferentes formas de Crowdfunding no que diz respeito ao financimento e às contribuições, sendo que as mais comuns são:
    - Contribuição financeira em forma de doação, sem qualquer compensação posterior. A Wikipedia é o exemplo mais conhecido.
    - Contribuição financeira para algum projecto, em que posteriormente os contribuintes recebem uma compensação. Os casos mais comuns são a contribuição para espectaculos com o retorno de um bilhete, por exemplo; para a edição de um disco ou livro, com o prémio de um exemplar.
    - Empréstimos e Investimentos com participação nos lucros/partilha de receitas.

    Num momento em que a obtenção de crédito está tão difícil, não deixa de ser uma alternativa curiosa. E mais uma vez está a WEB 2.0 a fazer das suas, ao potenciar estas iniciativas colaborativas.

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  2. Este post fez-me lembrar o pai do micro-crédito, personalidade que muito admiro

    Muhammad Yunus Em 2006 foi laureado com o Nobel da Paz. É autor do livro Banker to the poor (em Portugal, O banqueiro dos pobres)
    As Origens do micro-crédito:
    Yunus atribui a origem de sua visão a um encontro fortuito, em Jobra, com Sufia Begum, uma jovem de 21 anos que lutava desesperadamente para sobreviver. Sufia tinha pedido um empréstimo de cerca de 25 centavos de dólar americano a um agiota de seu bairro, que lhe cobrava juros de 10% ao dia. Com esse dinheiro, Sufia comprava bambu para fazer tamboretes. De acordo com o "contrato de empréstimo", Sufia era obrigada a vender seus tamboretes exclusivamente ao agiota que lhe financiara e que pagava um valor muito abaixo do valor de mercado. Assim Sufia conseguia obter um "lucro" de cerca de 2 centavos de dólar. Para todos os efeitos a condição de trabalho de Sufia era equivalente à de escravo.
    Yunus encontrou 42 mulheres em Jobra nas mesmas condições e resolveu, ele mesmo, emprestar-lhes seu próprio dinheiro a taxas bancárias normais. Inicialmente emprestou 27 dólares, aproximadamente 62 centavos por tomadora.
    Surpreendentemente, estas mulheres pagaram o valor do empréstimo a Yunus, com pontualidade, tanto o capital como os juros. Isso deu-lhe a ideia que talvez fosse possível expandir esse processo.
    Muhammad Yunus criou então o Banco Grameen (banco das aldeias) que empresta sem garantias nem papéis, sendo, sobretudo, procurado por mulheres: elas são 97% dos 6,6 milhões de beneficiários. A taxa de recuperação é de 98,85%.
    O microcrédito expandiu-se vigorosamente, a partir do Bangladesh, para muitos outros países, da Ásia, da África, da América Latina e, também, para os países desenvolvidos, tanto na Europa como na América.

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