segunda-feira, 19 de março de 2012

Redes sociais- um curriculo para o (de) emprego?

É verdade que podemos e devemos falar de personal branding, como refere o André há 2 posts atrás...

A questão é está: até onde podemos ir? E até que ponto a publicidade que fazemos de nós próprios nas redes sociais nos pode custar um (de) emprego...

Para dar resposta a estas questões, deixo-vos o link para uma noticia que reflecte precisamente estas questões:


E deixo já um cheirinho desta noticia, embora a possam ler na integra no link abaixo:

http://aeiou.expressoemprego.pt/Actualidades.aspx?Art=1&Id=2784

"Cerca de 96% da população online portuguesa utiliza as redes sociais, segundo um estudo da consultora ComScore que posiciona o país, neste campo, muito acima da média mundial que se fica pelos 82%. Mas qual será a percentagem destes portugueses que está consciente do risco que corre, sempre que o seu perfil online é analisado por um recrutador? (...)
Em Portugal, nove em cada dez minutos passados em redes sociais são gastos no Facebook, que tem vindo a marcar pontos (a par com outras redes sociais de cariz mais profissional como o Linkedin), como aliado na procura de emprego. As empresas de recrutamento reconhecem o recurso cada vez maior às redes sociais, mas esclarecem que estas plataformas são sobretudo utilizadas para “conhecer melhor os candidatos e complementar a informação do currículo”. Um aprofundamento que pode não correr bem. É que há casos em que a rede já deixou sem rede muitos profissionais. (...)
Mas apesar de não serem ainda utilizadas para recrutar formalmente, as redes sociais podem ser motivo para despedir ou deixar de fora um candidato a emprego. E o processo até nem é difícil. Experimente, por exemplo, dizer mal do chefe ou da empresa onde trabalha ou com a qual colaborou no passado. Experimente ainda passar mais tempo nas redes sociais do que passa a desenvolver as suas tarefas em horário de trabalho. Ou, se quiser, tente colocar fotos suas em biquíni ou em poses ousadas no seu perfil. A menos que esteja a concorrer para um lugar de modelo, tem poucas hipóteses de que a estratégia corra a seu favor" :)
(...)
Em Portugal não há ainda dados que permitam avaliar o real impacto desta ferramenta junto dos recrutadores. Mas há a confirmação de que quem contrata já não abre mão de espreitar o Facebook, Twitter ou Linkedin do candidato em análise. (Sugestão para tese??) :)
(...)
Se é candidato a um emprego ou se não é neste momento, mas pensa mudar de rota profissional, lembre-se que as redes sociais podem ser um aliado nesta tarefa. Mas se não quer que a rede lhe troque as voltas, o melhor mesmo é manter uma conduta equilibrada, sem excessos de exposição, com fotografias sóbrias e deixando de lado tudo que seja mais intimo".

E por fim, alguns conselhos...

- Do chefe não se fala... (ohhhhhh)
- Se não são modelos...deixem-se estar vestidos (minha preferida)
- Cuidado com os comentários
- Erros são proibidos
- Evite dizer por onde anda e o que faz (principalmente se tiverem faltado ao emprego ahaha)
- Filtre bem as comunidades a que se associa.

E pronto, com isto dizer que o facebook e outras redes sociais podem ser um instrumento complementar na procura de emprego, mas revelam muito da nossa vida e temos de ter cuidado com a imagem que queremos passar. Não podemos pensar que vamos arranjar emprego apenas através destas ferramentas, acredito sim que sejamos "procurados", no sentido de complementar algo que já sabem sobre nós pelo CV. Por isso, também sou da opinião que as redes sociais deviam servir mais este tipo de funções do que a "cusquice" mas isso agora... :)

2 comentários:

  1. Concordo. As redes sociais tocam-se, algures entre o profissional e o pessoal. Tudo depende do que colocamos. As orientações das redes sociais também nos permitem algumas indicações, ou seja, cada uma possui os seus maiores atributos e no caso do Facebook, a suas maiores valências serão as relações pessoais e sociais. Quanto ao LinkedIn, o seu focus é essêncialmente profissional. Em suma, tudo depende da nossa orientação e da informação que disponibilizamos online. O Personal Branding é claramente uma excelente aposta na diferenciação mas até que ponto poderá ser mal interpretado, quer pelas empresa empregadora, quer pelo mercado profissional, quer pelas pessoas que nos rodeiam? Deixo aqui a questão...

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  2. Tal como o André refere,(e estou completamente de acordo) tudo depende da informação que disponibilizamos nas redes sociais, e também da forma como isso é visto pelas entidades empregadoras, ou mais precisamente, por quem está a recrutar. No entanto, também acho que a grande maioria das pessoas (tal como ainda ontem foi referido na aula) não tem bem a noção das repercussões que podem advir da sua (por vezes, quase completa) exposição ao mundo virtual e, na minha opinião, essa é uma razão para que esta ferramenta que agora todos temos ao dispor se poder tornar numa "faca de dois gumes".
    Por outro lado, acho que existe cada vez mais uma tendência por parte das empresas em incentivar a que os próprios candidatos arranjem formas de se destacar dos restantes, no fundo que mostrem a sua marca, e acho que é nesse sentido que surge o conceito do Personal Branding. Talvez de início, seja mal interpretado por algumas entidades empregadoras e especialmente pelas pessoas que nos rodeiam (por uma questão de mentalidades na minha opinião), mas por outro lado é aí que reside a tal diferenciação, porque quando já "toda" a gente o fizer começa a perder importância. No fundo, e indo de encontro um pouco ao que já foi dito, tem muito a ver com a própria visão da empresa e com aquilo que ela espera dos seus (futuros) colaboradores.

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