domingo, 27 de abril de 2014

Beacons - nova tecnologia nos serviços baseados na localização

Os beacons são mais um exemplo de aproximação entre o mundo offline e online.
Tratam-se de pequenos transmissões de informação que permitem às empresas, lojas ou a qualquer outro tipo de estabelecimento apresentar, através da microlocalização, informações no dispositivo móvel do consumidor.
A tecnologia foi lançada pela Apple ("iBeacons") e recorre ao Bluetooth 4.0 (também designado Bluetooth de baixo consumo de energia), permitindo uma duração de vida desses transmissores de cerca de 2 anos e uma conexão entre dispositivos até 70m de distância.


Como funciona? Os consumidores descarregam a aplicação móvel da loja para o dispositivo móvel, autorizando o acesso aos seus dados pessoais e à sua localização. Uma vez na loja, a aplicação deteta o sinal do transmissor (beacon) e envia mensagens personalizadas para o dispositivo móvel, como informações ou localização de um produto, cupões de desconto baseado em compras anteriores, serviço de entrega personalizado, etc.


Para os retalhistas, os beacons permitem, por um lado, comunicar com o consumidor a baixo preço (um kit de 3 beacons custa 99 dólares) e com pouca manutenção dos dados e, por outro, oferecer ao consumidor uma experiência diferente.


Mas os beacons têm suscitado alguma discussão sobre questões de privacidade. Será que os consumidores vão render-se a esta tecnologia móvel permitindo o acesso aos seus dados, localizações e outras informações?
Uma coisa é certa, esta tecnologia vai revolucionar o mercado e mudar as regras do jogo.



Notícias:
http://pplware.sapo.pt/high-tech/ibeacon-o-mapeamento-do-futuro/
http://appleinsider.com/articles/13/12/06/first-look-using-ibeacon-location-awareness-at-an-apple-store

5 comentários:

  1. Olá Leonor! Bem, de acordo com o que vimos na última aula, os consumidores estão dispostos a partilhar informação sobre si caso recebam propostas de valor interessantes em troca (o estudo realizado pela Cisco este ano referia que a percentagem é de 52%). No entanto, por outro lado, os consumidores sentem-se cada vez mais observados, e já se começa a demonstrar alguma rejeição, como pode ler na tendência do trendwatching "No Data" (http://trendwatching.com/trends/7trends2014/#no-data). O permission marketing está cada vez mais na ordem do dia, e compete às marcas fazer uma boa utilização do Big Data.
    Já agora, este era o exemplo relacionado que não tive tempo de mostrar na aula sobre o Macy's, que está a apostar forte no omnicanal: https://www.youtube.com/watch?v=c3h0eKGfUfI

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  2. Olá Leonor!
    No meu ponto de vista, o consumidor já é tão vigiado no Mundo online que mais uma aplicação nem faz tanta diferença. Porém a ideia de sermos tão "controlados" já assusta! Talvez a lei do "o que é demais cansa" se aplique às aplicações móveis como os beacons.
    Mas a realidade é que só recebe essas informações quem descarregar a aplicação o que é ótimo, pois assim só é vigiado quem quer!

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  3. É verdade que muitos consumidores estão dispostos a partilhar informação em troca de uma boa proposta de valor. Penso que, em Portugal, ainda estamos naquela fase em que os consumidores partilham informação em troca da experiência e pelo fator "wow" (ainda só 40% dos portugueses possui smarthphones). Também creio que as pessoas disponibilizam dados por não se informarem sobre as implicações dessa partilha (quem é que lê as condições de permissão de uma app?). Mas realmente caberá às marcas conquistar a confiança dos consumidores através de boas políticas de privacidade e de garantias da segurança dos dados disponibilizados.
    Pessoalmente, tenho andado a fugir ao "controlo" digital, mas acabo muitas vezes por ter de me render para poder ter acesso àquilo de que preciso. :S :)

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  4. Deixo aqui o artigo da revista Hipersuper, "Comprar com o coração. Vem aí a era das emoções", que aborda também a temática da convergência do online e offline e a mudança no comportamento de compra e no perfil do consumidor. Este, para além de passar a ter um perfil único (físico e digital), passará a procurar uma experiência de compra integrada e mais emocional do que racional.
    "Comprar com o coração. Vem aí a era das emoções" (pp. 4-9)
    http://www.hipersuper.pt/2014/03/05/jornal-hipersuper-edicao-309-e-paper/

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