quarta-feira, 22 de maio de 2019

A proximidade a um Ídolo

29 de Dezembro de 2013. Michael Schumacher, sete vezes Campeão do Mundo de Fórmula 1, vencedor de 91 Grandes Prémios sofria um horrível acidente enquanto esquiava, em França.
Um piloto de alta competição que a cada curva enfrentava o risco de um acidente a grandes velocidades, tomou parte em mais de trezentas corridas ao longo da sua carreira sem alguma vez ter corrido perigo (o maior acidente da sua vida desportiva resultou numa perna partida), veria a sua história sofrer um profundo revés numa actividade aparentemente inofensiva.

As reacções não se fizeram tardar. A sua legião de fãs uniu-se na expectativa de ver o seu herói melhorar e até os seus (muitos) detractores juntaram as suas vozes ao coro que desejava um rápido restabelecimento ao Heptacampeão.
Foi criada então a comunidade Keep Fighting Michael, um espaço online para os seus seguidores deixarem as suas mensagens de apoio e tentarem saber um pouco acerca do estado de saúde do germânico.

Todavia a decisão da sua família foi preservar ao máximo a sua privacidade. As informações são extremamente reduzidas e apenas os amigos mais próximos podem contactar com Schumacher. Segundo se sabe, a sua mansão, na Suíça, onde se encontra actualmente, é um verdadeiro centro de cuidados médicos, em que mais de 20 Profissionais de saúde se desdobram para que nada lhe falte. De referir que todos eles assinaram um acordo em que se comprometem a nada revelar ao exterior, sob pena de avultadíssimas indemnizações e processos-crime.
Impaciente, a comunidade de fãs continuou a aguardar por boas novas, por poder rever o seu Campeão. Para compensar esse vasto grupo, a família do Barão Vermelho criou um Museu a si dedicado, com todos os carros conduzidos na sua carreira e inúmeros objectos por si utilizados durante a mesma. Acrescente-se que o referido Museu é de acesso gratuito, ficando situado na cidade de Colónia, a maior cidade nas redondezas de Kerpen, onde nasceu.


Tal colocou outra questão à família de Schumi: Com fãs espalhados por todo o globo, a existência de um museu permanente na Alemanha iria deixar inúmeros fãs privados do seu espólio.
Para solucionar tal situação, foi criada uma aplicação. Disponível para múltiplas plataformas, a app proporciona uma visita virtual pelo seu museu, permitindo que todos os adeptos possam estar mais próximos deste pequeno mimo que a família lhes decidiu conceder
Este é mais um dos exemplos de como a tecnologia pode ser um fator agregador e aproximador entre estrelas e admiradores. Uma situação de alguém que vive uma situação particularmente difícil e que por isso veda ao máximo a sua vida privada, mas cuja família não deixa de premiar os seus seguidores pela sua lealdade.
Os adeptos, esses o que mais querem é que o seu Campeão esteja bem e melhore rapidamente. Tudo isto enquanto recordam os seus grandiosos feitos.

3 comentários:

  1. Excelente piloto.
    E cada vez mais as pessoas querem se sentir a proximidade com os ídolos. Bela iniciativa

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  2. É importante para um "ídolo" sentir-se acarinhado pelos seus fãs. Da mesma forma, é importante os fãs sentirem-se reconhecidos pelos seus ídolos.
    Tornar o museu acessível a todos os fãs é uma bela demonstração de agradecimento por todo o carinho e força que têm recebido.
    Uma excelente iniciativa!

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  3. Óptimo exemplo de como um museu virtual pode ser um complemento a um museu físico!
    Michael Schumacher é sem dúvida uma figura marcante e cujos fãs apoiam incondicionalmente. A sua situação é complicada e esta forma de "premiar" os seus adeptos é uma bonita maneira de agradecer.
    Ao criar duas experiências museológicas (uma real, em Colónia, Alemanha, e outra virtual, acessível numa App) vemos um óptimo exemplo daquilo que pode ser o futuro dos museus. Muitas experiências só se vivem in loco, mas outras tantas podem ser exclusivas dos meios digitais. Neste caso, acresce ainda o facto dos apoiantes de Schumi estarem espalhados pelo globo, ajudando assim a que ninguém se sinta alheado.
    Este texto é um exemplo muito bom do bem que se pode fazer com uma colaboração devida entre digital e real.

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