sábado, 21 de maio de 2022

O Instagram está a tentar ocupar o lugar do TikTok?!

Um dos desafios mais sentidos pelas marcas é entregar experiências excecionais aos consumidores, ao mesmo tempo que maximizam a sua performance e se adaptam às circunstâncias do ambiente – deveras competitivo – em que se inserem.

Criado em outubro de 2010, só em abril de 2012 é que a rede social Instagram começou a ganhar reconhecimento, tendo sido comprada pelo Facebook nesse mesmo ano.

Ao longo dos anos, com a mudança dos hábitos de consumo e a diminuição constante do attention spam – principalmente nas gerações mais jovens –, a “gigante social” tem vindo a implementar estratégias para eliminar ou, no mínimo, ultrapassar os seus concorrentes, lutando pelo monopólio do mundo digital.

Tendo começado como uma aplicação onde eram partilhadas fotografias, rapidamente se tornou um instrumento de trabalho para muitos, sendo “inundado” de publicações aperfeiçoadas, menos orgânicas e repletas de anúncios. E não só. Para fazer face ao sucesso de outras aplicações como o Snapchat, o Instagram começou a apostar nas histórias e, mais tarde, em resposta ao sucesso exponencial do TikTok, nos reels.

De facto, de acordo com a Forbes, o vídeo está a substituir os conteúdos estáticos, sendo cada vez mais utilizado pelos produtores de conteúdo e pelas empresas nas suas campanhas.

“Social media and streaming TV platforms will introduce new advertising products that emphasize video. Even the retail experience will see new innovations in using video to engage customers and drive revenue.” - Forbes

Ora, considerando que a Geração Net tem dos níveis de atenção mais difíceis de captar de sempre, querendo estar sempre em cima do acontecimento, mas perdendo rapidamente o interesse em simultâneo, as marcas e as próprias redes sociais querem cada vez mais apostar no Marketing Viral, criando um efeito rede que possa não só contagiar, mas também prender o consumidor.

Tal tendência é cada vez mais uma dificuldade para o Instagram que, estando a perder mercado para o TikTok, até já deixou de promover vídeos retirados da app vizinha.

A mais recente atualização do Instagram que, por agora, ainda só chegou a um número reduzido de utilizadores, surge da testagem das fotos e vídeos em full screen, ou seja, que ocupem todo o ecrã – tal e qual como acontece no TikTok –, resultando em conteúdos com formatos maiores, mais chamativos e com menos distrações.

Fonte: Daily Mail


De facto, a empresa que começou por ser a “app das fotografias” tem vindo cada vez mais a focar-se no conteúdo em vídeo, estando constantemente a lançar novas funcionalidades como as Stories, o IGTV, os Reels, as Lives e as próprias publicações em vídeo.

A questão que se coloca é: estará o Instagram apenas a responder “aos desejos dos consumidores”, ou a tentar reocupar o 1º lugar, fazendo de tudo para eliminar a concorrência?


Fontes:

10 Trends For Digital Marketing In 2022 (forbes.com)

Instagram's Algorithm Will No Longer Promote Reels With Tik Tok Watermarks - Bad Rhino (badrhinoinc.com)

Twitter

Instagram copies TikTok's full-screen vertically scrolling feed | Daily Mail Online

1 comentário:

  1. Olá Isabel! Ainda há pouco comentava numa outra publicação aqui do blog que atualmente o Instagram procura ser uma plataforma voltada para a criação de conteúdo e entretenimento, muito mais do que apenas a aplicação de partilha de fotografias que era no início. Ainda assim, é evidente que se encontra numa posição difícil devido ao crescimento exponencial do TikTok nos últimos anos, posição que tenta ultrapassar a todo o custo. Conforme referes, uma dessas tentativas foi o lançamento do Reels, ferramenta de vídeos curtos que integra várias funções do Tiktok. Apesar dos esforços, dados recentes mostram que os utilizadores têm passado mais tempo no Tiktok (cerca de 19,6 horas/mês versus 11,2 horas/mês no Instagram). Respondendo à tua pergunta, acredito que o Instagram deve procurar adaptar-se e ir ao encontro das tendências e necessidades atuais dos utilizadores, mas sem perder aquilo que o caracteriza. Caso contrário, corre o risco de se tornar apenas uma imitação tardia do Tiktok.

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