terça-feira, 30 de maio de 2023

Impacto dos digital influencers no consumo da moda

A palavra influencer hoje em dia tem como conceito conquistar seguidores, criar empatia, alcançar o máximo de pessoas através do seu comportamento para poder triunfar nas redes sociais.

Quando falamos em comportamento, podemos estar a envolver:
  • produtos que consome;
  • forma de ver o mundo;
  • dia a dia;
  • background profissional;
  • acontecimentos que tenham gerado popularidade para a pessoa.

Os digital influencers quando fazem post nas redes sociais, mais especificamente no Instagram, muitas das vezes integram os produtos de forma subtil, não estando muitas das vezes percetível o objetivo que é a venda do produto em questão.

Para os digital influencers terem um grande impacto é necessário existir engagement, sendo este a estratégia chave para aumentar o consumo e a procura de determinados produtos. O Instagram é considerado uma rede social onde o engagement é bastante elevado devido à interação entre os influencers e as marcas.
Outra estratégia essencial é o storytelling para ser possível existir destaque e diferenciação entre os digital influencers.


A Zara, a Sephora e a Shein são das marcas mais mencionadas em post no Instagram e em stories. Em 2021 em Portugal:
  • Zara teve 25.552 menções;
  • Sephora 9.187 menções;
  • Shein 16.204.
Estas três marcas são extremamente mencionadas e para quem segue páginas de moda ou influencers sabe que existem imensos reels e posts sobre o “New in Zara”, “Unboxing” e “GRWM” que, para além de nos mostrarem como a peça/produto fica numa pessoa considerada “normal”, mostram as diferentes formas que podemos utilizar a mesma. A hesitação na compra é menor, porque conseguimos imaginar como ficará e como se encaixa na nossa realidade.

Contudo, acaba por estar à apelar ao consumo de todos que vêm estas partilhas nas redes sociais, pois caso não visualiza-se-mos as mesma não tínhamos a vontade de ir comprar o produto em questão.


Quem nunca comprou algo que vimos através de uma menção de um digital influencer?

Eu já, várias vezes, uma vez que facilitam de certa forma o nosso trabalho de pesquisa, pois estas marcas apresentam inúmeros produtos e ao seguirmos influencers que nós nos identifiquemos conseguimos visualizar de forma rápida muitos produtos que temos uma grande probabilidade de comprar.
Acredito que no futuro o consumo de moda devido aos digital influencers vai aumentar, uma vez que a facilidade de comprar as peças diretamente pelas redes sociais é bastante elevada e eventualmente irá tornar-se num hábito.

2 comentários:

  1. Olá Francisca!

    Mais uma vez, um artigo muito bem feito!

    De uma forma simples, considero verdadeiramente que o consumo por recomendação de influencers vai aumentar ainda mais.
    Ainda no outro dia, dei por mim a questionar qual era o top que a Helena Coelho estava a utilizar nos stories dela. Mais tarde, dado que a audiência dela a questionou várias vezes sobre a referência do produto, os seus seguidores ficaram a saber de onde era: da Zara.
    Neste caso nem havia afiliação, mas é interessante o facto de como uma peça ou produtos utilizados numa pessoa conseguem criar impacto e curiosidade.
    Penso que seja mesmo associado à questão de vermos um produto ou peça numa pessoa “normal”. Esse status de pessoa ordinária como nós encaminha-nos a sensação de que os elementos encaixam na nossa realidade. E se ainda adicionarmos a estratégia de nos mostrar esses produtos de forma subtil, mais à nossa realidade se vão adptar.~

    Sem dúvida alguma que este consumo pelas redes sociais e com recomendações de influencers ainda vai aumentar mais, existem mesmo muitos mecanismos para tal, desde os códigos de descontos, ou mesmo ao que referi acima, um simples vídeo vai ser cada vez mais a forma das marcas alcançarem o seu público.

    Muitos beijinhos!

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  2. Olá Francisca!

    Parabéns pelo artigo!

    O marketing de influência, sobretudo no que diz respeito aos influenciadores digitais, aumentou significativamente nos últimos anos, tendo registado um crescimento bastante acentuado durante o período de pandemia, isto porque durante os sucessivos confinamentos impostos, ao ficarem muito tempo fechados em casa, grande parte dos consumidores, passaram a acompanhar, ainda mais do que antes, o dia-a-dia dos influenciadores, de tal forma que estes passaram a ser, de certa forma “substitutos” da vida social das quais estivemos privados, não só pela partilha do seu dia nos stories, como também através das interações em lives. Não podemos esquecer que o consumo online, ou seja, as compras realizadas através do website ou apps, aumentou bastante neste período, devido ao facto de as lojas físicas estarem encerradas.

    As marcas tiveram de se adaptar e muitas encaram este período como uma oportunidade tendo-se, não só adaptado como também inovado. Houve algumas marcas que decidiram alargar a sua rede durante este período e, para além do Instagram, que até então seria a rede principal de comunicação, passaram a estar presente no TikTok, um caso de rede social de sucesso despoletado na pandemia, onde realizam várias parcerias com influenciadores desta rede para divulgarem os produtos da marca, promoverem determinadas campanhas ou iniciativas ou partilharem códigos de desconto com os seguidores numa tentativa de atrair novos clientes. Alguns casos de sucesso, e que continuam a trabalhar este marketing de influência n TikTok são por exemplo o caso da Sumol e da Shein.

    Concordo plenamente contigo quando defendes que o consumo por recomendações de influenciadores vai aumentar pois, para além do aumento da facilidade de compra online, por exemplo nos EUA, já é possível comprar diretamente do Instagram, ou seja, realizar toda a transação dentro da aplicação, sem que o consumidor seja reencaminhado para o website da marca, o papel dos influenciadores digitais tem cada vez mais importância e esta influência torna-se sobretudo notória junto do público mais jovem.

    Obrigada pela partilha 😊

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