Foi lançada há pouco tempo uma campanha de sensibilização elaborada pela ONG Fashion Revolution relativamente à exploração laboral na indústria têxtil de baixo custo.
Como se pode verificar pelo vídeo, uma máquina de venda automática foi disposta numa determinada rua no centro de Berlim, Alemanha, com a indicação de que as T-shirts brancas tinham um custo de apenas dois euros (T - Shirt only 2 €).
Como seria de esperar, o anúncio rapidamente reteu a atenção de várias pessoas que se mostraram dispostas a adquirir o produto.
Ora, após a introdução da moeda e a escolha do tamanho pretendido foram surpreendidos: em vez de obterem a t-shirt foram “forçados” a visualizar uma pequena apresentação explicando o motivo de a peça ser tão barata. Como tal, à medida que era inserida a moeda os potenciais compradores viam-se obrigados a ler a mensagem (Comunicação push).
Por sua vez, cada indivíduo recebia uma mensagem diferente. Ou seja, apesar de a justificação do valor da peça ser comum, cada apresentação apresentava uma criança diferente, como por exemplo: "Conheça a Manisha, uma das milhões de pessoas que fazem a nossa roupa barata por menos de 13 cêntimos à hora, durante 16 horas por dia. Ainda quer comprar esta t-shirt?".
Após a mensagem, é dada a opção de efetuar a compra ou em contrapartida doar o valor. Pode-se ver pelo vídeo que as pessoas mostraram diversas reações e no final não ignoraram a causa. Por conseguinte, optaram por ser solidárias e doaram o montante.
Assim, o objetivo consiste em sensibilizar os consumidores para que fiquem consciencializados com este tipo de indústria, no qual esta campanha advém do facto de no dia 24 de Abril de 2013 um edifício no Bangladesh ter ruído. Nele operacionalizam cinco fábricas de roupa, que por sua vez eram fornecedoras de marcas ocidentais conhecidas. Consequentemente, 1100 pessoas perderam a vida. Portanto, surgiu a ideia de lançar um apelo às pessoas para que estas não contribuam para a continuidade deste tipo de práticas.
Logo, deste o ano passado que esta data é relembrada como forma de recordar a opinião pública que a exploração laboral e sobretudo infantil existe. Assim, o vídeo foi divulgado a 23 de Abril e atualmente já conta com mais de cinco milhões de visualizações no Youtube.
No entanto, também existe a opinião contrária. Num país onde milhares de crianças passam fome onde a única forma de obterem rendimentos, ainda que muito reduzidos, é através da “exploração infantil”, até que ponto não é ético deixa-las trabalhar?
As opiniões também divergiram nas redes sociais, nomeadamente no Facebook e Twitter. Por uma lado, como já disse, há quem defenda que é a única maneira de estas crianças deterem meios para sobreviver, por outro lado, há quem argumente que é imoral e por esse motivo deveria ser combatido.
Este caso pode ser relacionado com o que vimos na aula relativamente aos alertas que os consumidores recebem (messaging). Um exemplo disso foi o caso abordado referente à promoção da alimentação saudável onde cada vez que um consumidor pretendia adquirir uma pizza recebia um alerta questionando-o se essa seria a melhor opção fornecendo uma alternativa mais saudável.
Como tal, identificam-se com esta causa?