sexta-feira, 20 de abril de 2012

Cientistas explicam como slogans se agarram ao cérebro

A partir de frases de filmes retiradas do IMDB (Internet Movie Data Base), investigadores de Ciências da Computação da Universidade de Cornell, nos EUA, afirmam ter descoberto a fórmula para criar slogans memoráveis.
O grupo de cientistas, composto por Cristian Danescu-Niculescu-Mizil, Justin Cheng, Jon Kleinberg e Lillian Lee, analisou frases retiradas de cerca de mil filmes no site de informações técnicas sobre títulos de cinema. A partir dos dados analisados, identificaram que frases com pronomes pessoais e artigos indefinidos são mais impactantes e, portanto, memoráveis, porque criam uma noção de proximidade durante a fala. Verbos conjugados no passado servem para identificar eventos específicos, enquanto que verbos no presente são úteis para traduzir conceitos mais gerais.

 

Os cientistas não recorreram a discursos de pessoas famosas. Deram, antes, preferência a frases reconhecidas da cultura pop. A investigação separa dois tipos diferentes de citações: frases com mudanças de sentido ou mudanças sonoras, e frases com ideias mais genéricas. A frase “Half a million dollars will always be missed” (”Vão sempre perder-se meio milhão de dólares”), do filme “Jackie Brown”, de Quentin Tarantino, transmite a ideia de quebra, de contradição, afirmam os cientistas, citados pela Exame brasileira. Já a frase “A long time ago in a galaxy far, far away” (”Há muito tempo, numa galáxia muito muito distante”), da saga Star Wars, de George Lucas, traz uma ideia genérica, que pode ser recordada noutras situações.
Os cientistas explicam, por exemplo, que personagens de filmes com sotaque ou falas engraçadas são mais recordadas, principalmente se as frases puderem ser utilizadas noutros contextos. Por outro lado, personagens como as do realizador George Lucas são adequadas para personalizar assinaturas de marcas, com significados mais abrangentes. Será que a Internet e todas as suas plataformas reforçam este caso ou diminuem a capacidade de retenção, uma vez que os estímulos e os "inputs" se multiplicam?

1 comentário:

  1. Achei o artigo interessantíssimo e, de facto, merece estudo na área do Marketing, nomeadamente para os slogans, assinaturas e mensagens das Marcas.

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