sexta-feira, 12 de junho de 2015

Amigos ou redes sociais? Porque não blended?

Há cerca de uma semana foi tornado público um estudo levado a cabo pelo Instituto Universitário de Lisboa sobre a importância de estar com os amigos para a nossa saúde. Foram mais de 800 os inquiridos num estudo que não preteriu as redes sociais.


A investigação portuguesa vem no seguimento de uma investigação alemã que deu conta disto mesmo. Estar e sair com os amigos faz bem à saúde, mas a presença nas redes sociais também. Segundo o estudo, as amizades ajudam a reduzir os níveis de stress, solidão e até de infeções!

O inquérito continha perguntas sobre o número de amigos virtuais e o número de amigos reais que cada pessoa tinha; a qualidade dessas relações, tanto as virtuais com as "ao vivo"; e a frequência com que a pessoa estava com os amigos presencialmente ou contactava com eles através do Facebook.
Incidiu também em questões relacionadas com níveis de ansiedade, depressão e energia física, e a conclusão é unânime: estar com os amigos é benéfico em todos estes sentidos, e não tem de ser apenas fisicamente!
A presença nas redes sociais pode, e deve até, ser um complemento à amizade, apesar de não substituir a amizade real. Numa altura em que, tal como a Super Bock denunciou, os portugueses - e sobretudo os mais jovens (millenials) - deixam de ter tempo para os amigos e vivem sobretudo as amizades virtuais - o estudo vem reforçar esta posição, mas alerta para o benefício complementar que as redes sociais podem trazer. Afinal, pode ser tudo apenas uma questão blended. Necessário mesmo é (saber) equilibrar!


Artigo consultado:Boas Notícias

2 comentários:

  1. Este tema da "dosagem" de redes sociais nos adolescentes (e até adultos) é um tema muito actual: se não fazemos parte das redes sociais, perdemos informação, partilha e contacto com culturas distantes. Se, por outro lado, estamos demasiado submersos no virtual, perdemos qualidades de interacção social, presencial, perdemos a noção do real.
    Os especialistas alertam para o distanciamento físico e emocional, a falta de comunicação cara-a-cara, enfrentando emoções, reações, sem a proteção do ecrã e do teclado.
    Se é inegável que a internet e as redes sociais permitem a difusão de informação rápida e global, e que também há partilha virtual, através das tribos e comunidades que reforçam a nossa identidade, a verdade é que parece que essa mesma partilha acontece mais em quantidade do que em qualidade. Há mais grupos, mas menos vínculos.
    A solução passará como dizes Filipa, pelo blend de ambos, pela escolha de participar no virtual mas viver também o real. Será porventura necessário reensinar as crianças e adolescentes ( e até adultos) a interagir fora da web, ainda que dela participem, de forma a que estes adultos do futuro saibam construir relações mais honestas, próximas, e sobretudo reais.

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  2. Concordo totalmente Andreia :)

    Como falamos há uma certa saturação do Facebook por parte das gerações mais novas, mas não no que respeita a outras redes sociais! Quando estas são equilibradas com o convívio (físico) com os amigos, não vejo qualquer problema. De facto, as pessoas têm menos tempo para tudo, e se não fossem as redes sociais, poderiam mesmo deixar de falar com os amigos. Ainda que virtualmente (internet e/ou telefone), falar é melhor do que isolamento total. E haverá dias em que a agenda permita o convívio físico e esses deverão, sem dúvida, ser privilegiados ("but first let us take a selfie"!!)

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