sexta-feira, 5 de abril de 2024

A Inteligência Artificial e o Marketing Político

A inteligência não humana é um tema que intriga a sociedade há muitos anos. A cultura pop já apresenta essa ideia há bastante tempo através de obras como "Frankenstein" (1818) de Mary Shelley – uma criatura incapaz de realizar qualquer consideração ética e com atributos físicos avantajados – e "2001: Uma Odisseia no Espaço" (1968) de Stanley Kubrick – em que os personagens descobrem a natureza maligna do computador HAL 9000.

Os personagens tentam comunicação com a Terra em um local sem o Hall - mas o robô pode realizar leitura labial.

O aumento da capacidade da internet e da potência dos hardwares impulsionou o desenvolvimento de um campo de estudo que revoluciona a humanidade – e ousaria dizer que tanto quanto as máquinas a vapor para a I Revolução Industrial – a Inteligência Artificial (Deep Learning, Machine Learning e outras subáreas). São redes NEURONAIS que levam conglomerados imensos de dados à uma caixa preta, uma espécie de consciência com resultados imprevisíveis. Um tanto assustador...

As repercussões do uso da IA têm gerado imensos dilemas éticos, um dos quais me chamou particular atenção: a "boa nova" das paixonetas adolescentes pelas IAs – neste momento em que você lê este texto, há muitos adolescentes apaixonados pelas suas Galateias modernas, o que curiosamente foi retratado no filme "Her" (2013) de Spike Jonze.

Imagem gerada por IA com o prompt Galateia Moderna

No marketing, se por um lado temos avanços consideráveis, como a automação de processos, personalização de conteúdos e assistência virtual, por outro esta ferramenta é um prato cheio para a produção e disseminação de Fake News extremamente convincentes, que incluem produções de vídeo de alta qualidade. Isso é ainda mais alarmante no campo do Marketing Político.

                   Imagem gerada por IA com o prompt Wladimir Putin com pessoas LGBT

Neste campo, a IA está a ser utilizada para segmentar eleitores, criar anúncios e prever resultados eleitorais. Questões éticas sobre a privacidade dos eleitores e a manipulação de dados ainda aparecem num campo subjetivo e perigoso. Esta situação é tão relevante que obrigou as plataformas de redes sociais a vetarem os conteúdos políticos e as plataformas de IA a vetarem o seu uso para este fim.

Vemos um mundo com certa instabilidade política - e a estabilidade é primordial para a paz. A repercussão da IA na política parece ser grave, visto que o cenário (fragilidades democráticas, baixa literacia digital sobretudo em populações idosas e em regiões com altos índices de desigualdade social) colabora para sérios riscos, que na minha opinião não devem ser corridos.

Ainda é cedo para analisar se o overall da IA é positivo ou negativo à humanidade. Dentre dilemas éticos e soluções incríveis, o facto é que esta tecnologia revolucionária não pode mais ser ignorada, muito pelo contrário, podemos considerar que quem não a dominar ficará para trás.

E vocês, o que pensam sobre?


Referências

https://olhardigital.com.br/2023/11/07/pro/meta-nao-vai-disponibilizar-sua-ia-para-marketing-politico-diz-agencia/

https://ceia.ufg.br/inteligencia-artificial-e-marketing-politico/

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