sábado, 25 de maio de 2013

Showrooming

Muito se tem falado no ROPO (Research Online, Purchase Offline) mas… e se invertêssemos o processo? Este fenómeno chama-se showrooming: nós, consumidores, showroomers, recolhemos informação, experimentamos, comparamos e escolhemos na loja (offline) aquilo que depois compramos online, num e-commerce, em que o preço é mais apelativo.
Tudo isto se tem possibilitado com a entrada na era digital, com o acesso à Internet e com a constante difusão e melhoria dos computadores, smartphones e tablets. No limite chega a ser possível comparar preços e fazer pedidos em lojas virtuais enquanto se visitam os pontos de venda físicos.
É, sem dúvida, um novo tipo de concorrência ao qual as lojas físicas não podem fugir. “E se não podemos lutar contra eles, juntemo-nos!” – é necessário que haja uma integração dos mundos online e offline (fazer cross channel) que lhes permita manter a sua importância, conveniência e interactividade.

3 comentários:

  1. Inverter o ROPO é, sem dúvida, uma ideia muito interessante! Assim, os consumidores podem experimentar os produtos e depois procurar online o mais barato possível. Nomeadamente no mercado da moda, este showrooming pode funcionar muito bem!

    Alguns retalhistas, para combater este fenómeno, tentaram baixar os seus preços no online (comparativamente ao offline) para "ganhar" os consumidores no ato da compra - o que me aprece bastante arriscado, pois os clientes podem-se sentir enganados!
    Outros ainda combatem o showrooming com a venda exclusiva de certos produtos apenas na loja física - mas isto retira também a visibilidade destes produtos na internet...

    Julgo que os retalhistas devem antes optar por uma estratégia de valor acrescentado no ato de compra online para convencer os consumidores: ex. oferta de portes de envio, desconto na compra de um X número de artigos ou acima de um certo valor, estratégias de fidelização por pontos, etc.

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  2. Não há dúvida que deve haver uma estratégia que abranja os dois tipos de comunicação de modo a abranger todo o tipo de consumidores. Poderão ser estimuladas as compras online e ao mesmo tempo existir uma aplicação que aconselhe e estimule a experimentação de outros produtos que poderão ser uma escolha do consumidor; poderão estimular a compra online e a posterior recolha do produto na loja física, ou até a sua troca; poderiam, por exemplo, proporcionar a troca de pontos acumulados em compras online por compras ou serviços offline.

    As marcas vão, portanto, lutar por apresentarem os preços mais baixos, mas, também, por reter a atenção dos consumidores através da visibilidade que demonstrem, quer online quer offline, o que, em última instância, vai aumentar o excedente do consumidor.

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  3. Efetivamente parece-me uma abordagem correta para determinado tipo de produtos e associado a certo tipo de consumidores. Na realidade em produtos novos, cujas características podem ainda ser desconhecidas pelo consumidor, poderemos encontrar situações em que o processo de decisão tem de passar pelo manuseamento e experimentação fisica desse produto. Nestes casos a inversão do ROPO parece-me que poderá satisfazer essa necessidade do consumidor e só depois este partir para a pesquisa e compra on-line ao melhor preço e com as melhorees condições.

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