sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Uber Eats e FNAC: uma dupla improvável

 “Alimente a mente com livros” é o mote do novo serviço da FNAC, o FNAC READS, disponível a partir do dia 25 de fevereiro de 2021. Esta é uma iniciativa que junta dois nomes improváveis: a FNAC, uma empresa que vende livros, filmes, séries, entre outros produtos, com a Uber Eats, uma plataforma onde é possível encomendarmos refeições que nos são entregues ao domicílio. Agora, é possível replicar este processo também para os livros. Numa altura de confinamento, em que muitas pessoas estão privadas de acesso à cultura, por não poderem sair de casa, este serviço veio colmatar esta falha, com apenas uns simples cliques. Já é possível realizar a encomenda dos nossos livros ou de outros artigos como se estivéssemos a pedir o almoço, com um tempo previsto de entrega de cerca de 30 minutos. Esta iniciativa já está disponível em várias cidades do país, como Lisboa, Cascais, Porto, Vila Nova de Gaia, Braga, Coimbra e Faro.

Como forma de celebrar esta união, até dia 11 de março, qualquer pedido acima de 10€ é entregue sem ser cobrada a taxa de entrega, bastando usar o código promocional FNACREADS.

Para Nuno Luz, diretor gera da Fnac Portugal, esta é mais uma iniciativa que faz parte do compromisso da marca para a promoção dos hábitos de leitura dos portugueses, garantido o imediato acesso ao catálogo de livros Fnac sem a necessidade de deslocação a uma loja. Os livros são um bem essencial e, com esta iniciativa, pretendemos reforçar a nossa missão de incentivo à leitura como forma de acesso e desenvolvimento cultural”.

Numa altura de crise global, em que quase todas as áreas foram afetadas drasticamente pela pandemia, o setor da cultura e, neste caso, o literário sofreu graves perdas, com o encerramento de várias livrarias e editoras. Em Portugal, segundo dados divulgados pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), na semana de 23 a 29 de março de 2020, durante o primeiro confinamento, registou-se uma quebra de 83% nas vendas de livros em livrarias (que estão, na sua maioria, fechadas ou a fazer venda à porta), e de 28% nos hipermercados. Mas, na semana anterior, diretamente antes da implementação do estado de emergência, já tinha sido registada uma quebra de 63,3% — o que equivale a uma quebra de 1,6 milhões de euros; ou seja 121,6 mil livros vendidos a menos.

Assim, é importante percebermos que as empresas encontram formas de se reenvientarem e procuram parceiros para os auxiliarem nos seus objetivos. Numa era cada vez mais digital, em que o consumidor está habituado a ter tudo aquilo que deseja, o mais rapidamente possível, é fundamental que as empresas se ajustem para dar resposta a essa procura e consigam alternativas convenientes e ajustadas à realidade que todos enfrentamos. Por outro lado, até que ponto a associação de duas empresas tão distintas, de setores diferentes, pode trazer sucesso a esta iniciativa? A disponibilização do serviço de compra online e entrega ao domicílio, que já existia na Fnac, não seria suficiente?

Fonte 1

Fonte 2

Fonte 3

Fonte 4

6 comentários:

  1. Bela iniciativa esta, Raquel! Assim nem só a barriga é alimentada como a mente também! Os livros fazem falta, a cultura é fundamental... E a promoção de hábitos de leitura contribui imenso para o bem-estar psíquico ainda para mais em temos onde estamos privados de liberdade. Os livros permitem-nos sonhar e abstrair-nos da realidade onde estamos inseridos. Considero que ao juntar-se à UberEats a visibilidade da FNAC será maior e consequentemente a aquisição de livros também. Sem dúvida, irei juntar-me a ela! Excelente post!

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  2. Olá Francisca! Sou da mesma opinião :)
    A cultura é essencial na vida de todos nós e, principalmente, na fase que atravessamos. Acredito que é mesmo uma grande ajuda, uma distração que nos permite viajar por outros mundos, apesar da falta de liberdade que temos neste momento.
    É uma parceria invulgar mas que também acredito que vá trazer mais clientes à Fnac! Foi uma boa estratégia da parte deles.
    Obrigada pelo teu comentário!

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  3. Olá!

    Esta é mesmo uma iniciativa interessante e, como disseste, mostra a forma como as empresas são capazes de se reinventarem.
    A verdade é que na fase em que estamos, as pessoas estão mesmo a "agarrar-se" a coisas que por vezes, em tempos normais, ficavam um pouco esquecidas! Falando por mim, a leitura nunca foi dos meus hobbies favoritos, mas agora faz parte dos meus dias e vai ser daqueles hábitos que não vou perder depois da pandemia.
    E esta iniciativa, só pelo facto de ser um ato novo, inovador e com uma parceria surpreendente, vai obter imenso sucesso, porque as pessoas estão numa fase em que estão super atentas e recetivas a este tipo de novidades (adaptadas à época que estamos a viver)!
    A Fnac já disponilizava este serviço de compra online e entrega ao domicílio, mas não com a ajuda da UberEats. Ótima estratégia!

    Parabéns pelo post, Raquel!

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  4. Olá, Raquel!

    Apesar de as minhas colegas já terem referido o mais importante relativamente a esta iniciativa, não pude deixar de comentar, visto que ler faz parte do meu dia a dia! Sem dúvida, que a leitura contribui para o nosso bem estar físico, mental e social, ao mesmo tempo que nos faz viajar sem sair do lugar! É, por isso, extremamente importante, principalmente, em tempos de pandemia, que as pessoas adquiram o hábito de ler, uma vez que a leitura contribui para o nosso desenvolvimento pessoal, permite a aquisição de novas perspetivas e respostas aos desafios que nos vão surgindo, e ajuda a manter-nos serenos.

    Só me resta dizer que, considero esta iniciativa excelente e vantajosa para as duas empresas. Já para não falar que, as pessoas conseguem adquirir os livros super rápido!

    Muitos parabéns pelo post, Raquel!

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  5. Olá Margarida e Adriana!

    Também achei uma iniciativa excelente, acho que vai ter muito sucesso! E é uma forma super interessante de chamar mais atenção para a leitura.

    Obrigada pelos vossos comentários!

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  6. Olá, Raquel!

    Achei esta iniciativa deveras interessante. Penso que o ato de ler um livro está a ficar cada vez mais substituído pela utilização das novas tecnologias, o que não me parece bom, principalmente para as crianças que não vão adquirir este hábito desde pequenas e depois dificilmente o ganham.

    Esta iniciativa parece-me excelente, assim não há nenhuma desculpa para não comprar um bom livro e lê-lo durante este confinamento.

    Obrigada pela partilha!

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