sexta-feira, 13 de abril de 2018

Filme “O Círculo”: uma reflexão sobre a falta de privacidade na era digital

No ano passado foi lançado nos cinemas do mundo todo o filme “O Círculo” (The Circle, EUA, 2017), que retrata através da ficção, o cotidiano de uma famosa e gigantesca empresa do ramo de tecnologia digital e comunicações, que possuía entre seus principais negócios, uma popular rede social que conectava a vida privada de seus usuários às suas contas on line e um sistema de mini câmeras que eram espalhadas por todos os lados, a filmar toda e qualquer coisa. A personagem principal é uma jovem que passa a trabalhar na empresa e logo se destaca pelo seu potencial em meio às redes sociais. Por causa disso, os líderes da companhia propõem que a jovem passe a transmitir sua vida 24 horas por dia, em tempo real. Com o desenrolar do enredo, as coisas não acontecem como eles esperavam e acabam perdendo o controle sobre suas ações.

O filme busca retratar um universo distópico, onde a nova era digital é trazida como tema principal e bastante atual, fazendo o espectador refletir sobre os limites da falta de privacidade nas redes sociais e na internet como um todo, o compartilhamento de informações pessoais, a idolatria a empresas emblemáticas deste setor, onde se percebe uma clara alusão a grandes companhias como Google, Apple e Facebook.
A rede social mostrada na ficção faz referência aos recursos do Instagram e Facebook, com os quais os utilizadores podem documentar toda e qualquer atividade realizada em seu dia-a-dia, podendo ultrapassar os limites entre o público e o privado, de forma perigosa. Além disso, é abordado também o tema da iminente ameaça e vigilância global por meio das mais avançadas tecnologias digitais e do possível uso indevido do big data extraídos das redes sociais, plataformas e websites.
O roteiro do filme não é dos melhores, mas certamente serve como ponto de partida para pensarmos sobre o quanto as redes sociais nos põem expostos e vulneráveis e o quanto podemos ser frágeis dentro do mundo virtual. Ao mesmo tempo que acreditamos que os avanços tecnológicos atuais, o advento da web 3.0, as facilidades de comunicação e a rapidez das informações nos trazem cada vez mais liberdade, podemos pensar também que, por outro lado estamos cada vez mais reféns das empresas, não só das que atuam com tecnologias digitais, mas todas as que investem em marketing digital e suas ferramentas.

A questão que fica e que proponho aos colegas para discussão é: até que ponto isto nos pode ser bom?
O alvo somos nós e somos cada vez mais facilmente atingidos.
Fontes:
http://cinegnose.blogspot.pt
http://adorocinema.com

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