sexta-feira, 17 de maio de 2019

IGTV: o YouTube do Instagram?

Em 2018, o Instagram, que é uma das redes sociais mais usadas, lançou uma nova feature para os seus utilizadores: o IGTV. Para além de estar disponível na aplicação Instagram, também é possível (pelo menos para já) utilizar a aplicação separada do Instagram. No entanto, a forma de acessar ao IGTV é através da conta do Instagram, sendo que seguindo uma nova página Instagram, automaticamente começam a seguir o seu IGTV. 


Com esta nova característica é possível aos utilizadores do Instagram partilhar vídeos com duração superior aos stories de 15 segundos, podendo ser possível fazer o upload de vídeos até uma hora (para as contas verificadas). Para além da duração, a principal diferença face ao YouTube é que os vídeos terão que ser publicados e visualizados na vertical. No entanto, apesar destas duas diferenças, aproxima-se ao YouTube e às suas funcionalidades, considerado em muitos casos mais prático e rápido pela associação às respetivas contas do Instagram. 

Será por isso o IGTV uma ameaça ao YouTube, nomeadamente no que respeita ao conteúdo criado pelos (micro) influencers visto que o Instagram é já a sua plataforma de promoção desses conteúdos? Será que o facto destes conteúdos poderem já estar todos concentrados num local (Instagram+IGTV), levará à diminuição da importância do YouTube, no que respeita aos que produzem conetúdos?


Segundo o que se tem verificado desde que o IGTV ficou disponível, é que os influencers passaram a usar as duas plataformas, no entanto não de forma igual: “YouTube, for me, is the primary platform. So that’s the most polished content, the final, finished version of everything ... I feel like a lot of the behind-the-scenes [content from] the video production that I do [for] YouTube can end up on other platforms, like Twitter or Instagram.”. Ou seja, os utilizadores continuam a considerar o YouTube como a forma mais profissional e credível de partilhar os seus conteúdos, sendo o IGTV quase como um clickbait para o que o seu canal de YouTube oferece: "YouTube, as it stands, is simply too big to fail without warning"
Estas considerações são feitas no sentido do que é possível hoje, porque como constata Marques Brownlee, um dos criadores de conteúdo do YouTube, ainda existe muito caminho a desnvolver para que seja possível à IGTV tornar-se uma plataforma semelhante ao YouTube. Para este influencer, se evoluções foram feitas junto da IGTV, as opções podem mudar, no entanto ainda existe muita dificuldade em aceitar a IGTV como a primeira casa do conteúdo. 

Qual a tua opinião quanto ao IGTV? Achas que será possivel derrubar o gigante YouTube?

Fontes:

2 comentários:

  1. Não sei se sou uma representante da geração Millennial, mas eu não sou fã do Youtube: só vou ao site ocasionalmente ver videoclips de músicas e sinto-me sempre sobre-servida com tantos conteúdos que não me interessam (não costumo gostar das playlists nem das sugestões de vídeos do menu direito porque no meio de tanto "lixo" o algoritmo acaba por me fazer sugestões "ao lado"). Para além disso, não utilizo sites ou redes sociais que me encaminhem para lá (p.e., o Facebook reproduz os vídeos na sua própria plataforma) e por isso não vou ao Youtube regularmente nem desfruto do que tem para me oferecer.

    Por outro lado, o Instagram é uma rede social em que passo muito tempo e, apesar de ter conta há menos anos que no Youtube, devo ter acabado na IGTV mais que o dobro das vezes que no "gigante dos vídeos".

    Acho que isto se deve ao facto de ser impactada por mini teasers (publicações com poucos segundos e que, por isso, não me aborrecem ou quebram o ritmo do feed), publicados por personalidades que já sigo e confio (e que não tive de procurar), misturados com outras publicações de amigos (que valorizo mais) e com muito menos publicidade. Esta fórmula resulta para mim e encaminha-me naturalmente para a IGTV: menos ruído, menos pressão, mais conteúdos que me importam a um ritmo que eu queira desfrutar.

    Provavelmente é por isso que também adoro a TV ou o Spotify: não me obrigam a procurar por conteúdos, simplesmente mos apresentam (sim, nestas plataformas tenho de ver/ouvir publicidade, mas ainda assim com menor volume e frequência que no Youtube) dentro de um canal ou estilo com que me sinto confortável.

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    1. De facto, o IGTV é muito mais personalizado porque mostra os vídeos daqueles que decidimos seguir e não os que o algoritmo considera indicados para nós! Curiosa a sua opinião sobre este tema, porque achava (presunção minha) que a maioria das pessoas utilizaria o YouTube como forma de procurar conteúdos de forma regular!
      Agora sim, estou curiosa para saber se há mais utilizadores assim, que acabarão por deixar o YouTube!

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